ONG ACUSA MORAES DE USAR INFILTRADOS SEM AUTORIZAÇÃO PARA MONITORAR ATOS DE 8 DE JANEIRO

Relatório aponta que agências de checagem e universidades teriam ajudado o STF sem ordem judicial; caso pode configurar abuso de autoridade

DA CNN

Um relatório publicado pela organização americana Civilization Works nesta segunda-feira (4) afirma que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria recorrido a “infiltrados” para obter dados de participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023 — sem autorização judicial.

Segundo a entidade, que defende princípios liberais e o Estado de Direito, agências de verificação de fatos e instituições acadêmicas brasileiras teriam atuado diretamente a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), à época presidido por Moraes, com o objetivo de vasculhar grupos privados em redes sociais como WhatsApp e Telegram.

“Sem mandados. Sem transparência. Apenas um círculo fechado de colaboradores leais alimentando uma máquina judicial com dados coletados fora dos livros”, afirma o documento.

A denúncia sugere que o STF terceirizou parte do trabalho de inteligência a parceiros externos sem mandato legal ou supervisão, o que pode configurar vigilância ilegalviolação de sigilo de comunicações e abuso de autoridade.

Os três possíveis crimes apontados pela ONG:

  • Abuso de poder: O TSE teria atuado como órgão policial, utilizando dados biométricos e promovendo infiltrações.
  • Violação do devido processo legal: Prisões decididas diretamente por Moraes, com prazos ignorados e uso de “certidões informais”.
  • Viés político: A liberdade ou prisão de investigados estaria ligada a posicionamentos ideológicos, e não a provas concretas.

As revelações fazem parte da série “Vaza Toga”, conduzida por jornalistas internacionais e brasileiros. A CNN Brasilprocurou o STF e o TSE, mas ainda não houve resposta oficial.

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