Padres militares são investigados por corrupção no DF

A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando um suposto esquema de corrupção que envolve dois padres e um diácono ligados às Forças Armadas, além de militares do Exército e da Marinha. Segundo informações obtidas pela coluna Paulo Cappelli, a investigação aponta para desvios de recursos arrecadados através de doações, propinas na contratação de empresas terceirizadas e superfaturamento de serviços na Capelania Militar São Miguel Arcanjo e Santo Expedito, localizada na Asa Norte, em Brasília.

O inquérito foi instaurado a partir de uma denúncia anônima encaminhada ao Ministério Público. O documento menciona que parte do dinheiro desviado seria repartida entre os religiosos, com indícios de que era utilizado, inclusive, para a realização de programas sexuais com garotos contratados, ocorrendo nas proximidades da igreja. As investigações, que tiveram início em 2022, seguem em curso.

A denúncia também revela que os valores arrecadados eram depositados em contas de terceiros, incluindo parentes próximos, como irmãs, esposas e sobrinhos, além de uma parte mantida em espécie de forma oculta. Também se menciona que obras inexistentes foram registradas, enquanto outras foram superfaturadas, com o pagamento de propinas a empresas contratadas.

Os militares implicados na denúncia são o diácono Paulo Fontenele Figueira, do Exército; o padre Marcelo José de Sousa, também do Exército; e o padre Paulo Roberto Moliterno da Costa, da Marinha. Todos negaram veementemente qualquer irregularidade ao serem procurados para comentários.

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