PF desmantela golpe de pensões falsas no INSS em Pernambuco: irmãos são suspeitos de criar mortos e casamentos fictícios

Esquema teria causado prejuízo de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. Polícia apreendeu documentos e carro comprado com dinheiro do golpe.

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (4), uma operação para desmontar um esquema milionário de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Pernambuco. Os principais alvos são dois irmãos, um homem e uma mulher, com idades entre 35 e 38 anos, acusados de criar famílias fictícias para receber pensões por morte de forma ilegal.

Casamentos e óbitos forjados para enganar o INSS

Segundo as investigações, os suspeitos falsificavam certidões de nascimento, casamento e até de óbito para simular a existência de cônjuges e filhos beneficiários. Com isso, conseguiam liberar pagamentos mensais de pensões previdenciárias. Para dar aparência de legalidade, os requerimentos eram preenchidos com nomes completamente fictícios e documentos forjados.

Mandados e apreensões

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão nos municípios de Lagoa do Carro e Palmares, na Zona da Mata pernambucana. Durante a ação, os agentes apreenderam diversos documentos usados na fraude e um veículo que, segundo a PF, foi comprado com dinheiro oriundo do golpe.

Fraude pode passar de R$ 1 milhão

O prejuízo estimado aos cofres da Previdência já ultrapassa R$ 1 milhão, segundo a Polícia Federal, valor que ainda está sendo atualizado com base em novas análises. Um dos investigados já havia sido indiciado anteriormente por fraude no recebimento do auxílio emergencial da Caixa Econômica Federal, também com uso de identidades falsas.

Esquema começou a ser descoberto em 2021

A primeira denúncia sobre o caso chegou à Polícia Civil de Pernambuco em 2021. Após diligências preliminares, o caso foi repassado à Delegacia de Combate a Crimes Previdenciários (Deleprev), com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária.

Crimes e penas

Os envolvidos são investigados por estelionato contra órgão público, conforme o artigo 171 do Código Penal Brasileiro. A pena prevista é de um a oito anos de prisão, além de multa. As investigações seguem para identificar outros possíveis participantes e dimensionar o total de fraudes praticadas.

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