PRÉDIO AMEAÇA CAIR E VIRA ALVO DE SAQUEADORES EM OLINDA; MORADORES FUGIRAM SOB TERROR

Famílias que viviam no bloco B do Edifício JK, na Quadra 46 de Rio Doce, em Olinda, passaram por momentos de desespero nesta semana. Após a interdição do prédio pela Defesa Civil por risco de desabamento, os moradores começaram a deixar os apartamentos e, durante a evacuação, criminosos invadiram o local e saquearam os imóveis – tudo à luz do dia.

Segundo documento obtido pela TV Globo, a interdição foi determinada na quarta-feira (23), com prazo de 24 horas para a desocupação. Enquanto retiravam seus pertences, os moradores relataram uma verdadeira onda de saques. Criminosos invadiram os apartamentos, levaram eletrodomésticos, janelas, grades, antenas e até canos de esgoto.

“Foi uma cena de terror. Eles quebraram tudo, arrancaram telhas, tiraram até o cano de fezes”, contou Fabiana Silva, moradora de um prédio vizinho. O clima de medo se espalhou pelo conjunto habitacional.

O maquiador Antônio Oliveira, morador da quadra ao lado há três décadas, também se disse chocado com a rapidez da depredação. “Ontem ainda tinha gente morando, estava tudo inteiro. Hoje parece um prédio abandonado há anos.”

Além dos furtos, o quadro de energia do edifício pegou fogo após ter peças roubadas. Moradores afirmam que a polícia foi chamada, mas não houve reforço efetivo na segurança. “Um carro da PM passou, atirou para cima e foi embora”, denunciou Andreza Leão, analista comercial.

O problema se espalhou para outros blocos. Na Quadra 42, onde outro prédio também foi interditado, moradores disseram ter sido vítimas dos mesmos saqueadores antes mesmo de conseguirem retirar seus pertences. “A gente não teve tempo. Muitos estavam trabalhando quando os saques começaram”, relatou Carla Correia, técnica em segurança do trabalho.

O QUE DIZEM AS AUTORIDADES:

Prefeitura de Olinda:
Confirmou a interdição do prédio por risco estrutural e informou que o laudo técnico foi enviado à CEHAB, que avaliará as medidas assistenciais cabíveis. A prefeitura declarou que oferece suporte às famílias que não conseguem se mudar por conta própria. Destacou ainda que a responsabilidade pela manutenção dos edifícios é das seguradoras.

Polícia Militar:
Afirmou que intensificou rondas e operações na área, mas que, na ocorrência citada pelos moradores, nenhum suspeito foi localizado.

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