Presidiários ligavam para vítimas para aplicar Golpe do PIX, diz polícia

Uma investigação da Polícia Civil de Pernambuco desvendou uma facção criminosa, composta majoritariamente por presidiários, que aplicava golpes telefônicos exigindo dinheiro das vítimas sob ameaça de morte. O grupo obteve informações pessoais das vítimas por meio de pesquisas em redes sociais. Na terça-feira, dia 03, a operação policial resultou na prisão de um casal envolvido no esquema.

Segundo o delegado Adyr Martens, o grupo movimentou cerca de R$ 1 milhão entre 2021 e 2022, com 12 vítimas identificadas no Grande Recife, com base em queixas registradas na delegacia.

A Operação Chamada Restrita cumpriu dois mandados de prisão preventiva, mas 15 suspeitos continuam sendo investigados. Um dos presos, um homem de 33 anos, aplicava os golpes de dentro do Presídio de Igarassu, no Grande Recife, em 2022. Ele foi capturado em São Paulo, após ser solto no ano anterior. Sua esposa, de 27 anos, foi presa em Igarassu. O delegado explicou que o modus operandi da quadrilha envolvia ameaças graves, onde as vítimas eram acusadas falsamente de serem “delatoras de crimes” e intimidadas a pagar quantias, sob risco de morte. Algumas vítimas, temendo pela própria segurança, realizaram transferências via Pix.

As vítimas, localizadas em diversas regiões do Brasil, pagaram entre R$ 200 e R$ 400. Muitas delas contraíram dívidas para poder realizar os pagamentos, e apenas quando as ameaças se tornaram insuportáveis buscaram a polícia.

A Justiça determinou o bloqueio de ativos financeiros do grupo, no valor de R$ 1 milhão. Os suspeitos devem ser indiciados por crimes como organização criminosa, extorsão e lavagem de dinheiro.

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