Professores do Recife entram em greve e paralisam aulas após rejeitar reajuste de 1,5%

Categoria critica proposta da Prefeitura e denuncia abandono das escolas públicas

Os professores da rede municipal do Recife deflagraram greve por tempo indeterminado nesta sexta-feira (9), após rejeitarem a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura, que oferecia apenas 1,5% de aumento nos vencimentos e R$ 1 de acréscimo no tíquete-alimentação.

A decisão foi tomada em assembleia organizada pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), realizada no Clube Português, no bairro das Graças. A paralisação já começa nesta sexta à noite e atinge todas as escolas da rede a partir da próxima segunda-feira (13).

A coordenadora-geral do Simpere, Anna Davi, classificou a negociação como frustrante:

“A Prefeitura sequer apresentou proposta de cumprimento do piso nos níveis iniciais da carreira. O sentimento da categoria é de frustração e indignação. Já estamos em maio, e nada de concreto foi apresentado”.

A categoria reivindica o reajuste integral de 6,27% com base na Lei Federal nº 11.738/2008, que determina o piso salarial nacional do magistério e prevê impacto em toda a carreira, com pagamento retroativo a janeiro.

Além das demandas financeiras, os professores também denunciam condições precárias nas escolas municipais, como:

  • Falta de auxiliares para alunos com deficiência;
  • Estrutura física deficiente nas unidades de ensino;
  • Falta de materiais e insumos básicos para o funcionamento adequado das aulas.

Guardas Municipais em estado de greve

Prefeitura critica paralisação

Em nota, a gestão do prefeito João Campos (PSB) afirmou que “estranha e lamenta” a deflagração da greve em meio às negociações. Para a prefeitura, a paralisação compromete o calendário letivo, o aprendizado dos alunos e o acesso à merenda escolar.

O governo municipal também argumenta que todos os professores da rede recebem o piso ou acima dele, conforme determina a legislação federal. A prefeitura diz ainda que os dados salariais estão disponíveis no Portal da Transparência.

VEREADOR

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