Saneamento precário afeta turismo e qualidade de vida em Pernambuco, revela estudo

Um levantamento do Instituto Trata Brasil revelou que a universalização do saneamento básico em Pernambuco poderia trazer um impacto econômico significativo, principalmente para o setor turístico. Segundo a pesquisa, a melhoria da infraestrutura hídrica e a despoluição dos rios poderiam gerar R$ 261,4 milhões por ano ao turismo do estado, totalizando R$ 9,1 bilhões entre 2021 e 2055.

No entanto, a precariedade dos serviços de saneamento também reflete na insatisfação da população. Uma pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis apontou que 67% dos moradores de Recife deixariam a cidade se tivessem a oportunidade. Entre os principais problemas apontados estão segurança (55%), saúde (12%) e transporte público (7%). A falta de saneamento adequado impacta diretamente a qualidade de vida e pode ser um dos fatores que reforçam essa percepção negativa.

O desafio da universalização do saneamento

Embora a universalização do saneamento possa gerar benefícios econômicos e sociais, os desafios financeiros são grandes. De acordo com o Marco Legal do Saneamento, Pernambuco precisaria investir cerca de R$ 35 bilhões para garantir o acesso total à água potável e à coleta de esgoto até 2033.

Atualmente, a Compesa já investiu R$ 6 bilhões, mas o presidente da estatal, Alex Campos, afirma que o estado precisará do apoio da iniciativa privada para atingir essa meta.

A realidade atual do saneamento em Pernambuco

📌 Coleta de esgoto: Apenas 33,8% da população tem acesso ao serviço.
📌 Tratamento de esgoto: Somente 30,1% do esgoto coletado é tratado.
📌 Impacto no turismo: Muitos dos principais destinos carnavalescos do estado estão entre os locais com os piores índices de saneamento.

A pesquisa indica que a falta de saneamento pode estar afastando tanto moradores quanto turistas. A universalização do serviço não só reduziria perdas hídricas e melhoraria a saúde pública, como também poderia fortalecer a economia, tornando Pernambuco um destino mais atrativo e sustentável.

Pesquisa revela que 67% dos recifenses deixariam a cidade se tivessem oportunidade

Um estudo do Instituto Cidades Sustentáveis revelou que a maioria dos moradores do Recife gostaria de se mudar da cidade, caso tivesse condições. A pesquisa, que avalia a percepção dos recifenses sobre qualidade de vida, bem-estar e gestão municipal, também aponta segurança pública como a principal preocupação da população.

Principais resultados da pesquisa:

✅ Qualidade de vida: 43% acreditam que melhorou no último ano, 19% dizem que piorou e 37% afirmam que permaneceu estável.
✅ Maiores problemas da cidade: Segurança lidera com 55%, seguida por saúde (12%) e transporte coletivo (7%).
✅ Vontade de sair de Recife: 67% dos moradores afirmam que deixariam a cidade se pudessem.
✅ Avaliação da administração municipal: 47% consideram a gestão ótima ou boa, 34% a avaliam como regular, e 17% a classificam como ruim ou péssima.
✅ Engajamento político: 60% não têm interesse em participar da vida política da cidade, enquanto 22% demonstram algum interesse e 12% dizem ter muita vontade de se envolver.

O levantamento reforça os desafios da capital pernambucana em áreas essenciais como segurança e mobilidade urbana, fatores que impactam diretamente o desejo dos moradores de permanecer na cidade.

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