Starlink ignora ordem de bloqueio e mantém acesso ao X no Brasil
Starlink Ignora Ordem de Bloqueio de Alexandre de Moraes e Mantém Acesso ao X no Brasil
Neste domingo, 1º de setembro, Carlos Baigorri, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), revelou que a Starlink, fornecedora de internet via satélite controlada por Elon Musk, decidiu não cumprir a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para bloquear o acesso ao X (anteriormente conhecido como Twitter) no Brasil. A decisão da empresa está condicionada à liberação de suas contas bancárias, que foram bloqueadas pelo ministro na última sexta-feira, 29 de agosto.
Segundo o Estadão, clientes da Starlink continuaram a acessar o X normalmente, mesmo após a ordem judicial. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, Baigorri confirmou que a empresa informou à Anatel que não interromperia o acesso à plataforma enquanto suas contas permanecessem bloqueadas.
A Starlink não se pronunciou formalmente sobre o assunto até o fechamento desta edição e também não forneceu um posicionamento ao Fantástico. A decisão de Moraes de suspender o acesso ao X foi tomada após a empresa se recusar a indicar um representante legal no Brasil, e o bloqueio financeiro foi implementado para garantir recursos para multas relacionadas ao descumprimento de ordens judiciais pelo X.
Em resposta à solicitação do Estadão, Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, confirmou que o X continua acessível aos clientes da Starlink no Brasil. “Testamos e verificamos que o site está disponível para os usuários da Starlink, apesar da ordem de bloqueio”, afirmou Ayub.
Revendedores da Starlink na região Norte e usuários em grupos do Facebook também relataram que o acesso ao X permanece sem restrições para quem utiliza a tecnologia de Musk. Testes realizados por um cliente demonstraram que, enquanto o acesso por internet móvel estava indisponível, a conexão via banda larga da Starlink permitia o acesso ao site sem problemas.
O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, informou que a situação foi comunicada a Moraes, e caberá ao ministro decidir as próximas ações a serem tomadas.