STF REAGE A TRUMP E DEFENDE MORAES: “NÃO NOS DOBRAMOS A INTIMIDAÇÕES”

Barroso

Na reabertura dos trabalhos do STF nesta sexta-feira (1º), o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, fez um forte desagravo ao colega Alexandre de Moraes, alvo de sanções financeiras impostas pelo governo Donald Trump.

Barroso defendeu a atuação do Judiciário na apuração da tentativa de golpe de 2022 e reforçou que os réus serão julgados com imparcialidade, baseados nas provas. “A marca do Judiciário brasileiro é a independência. Não haverá interferência, venha de onde vier”, afirmou.

As declarações foram feitas dias após os Estados Unidos anunciarem, via Lei Magnitsky, o congelamento de eventuais bens de Moraes em território americano e a proibição de que empresas americanas façam transações com ele — medida que pode afetar até cartões de crédito como Visa e Mastercard.

O ministro Gilmar Mendes também reagiu, associando as punições à pressão de big techs contra o tribunal. “O STF não se dobra a lobbies nem a intimidações estrangeiras”, declarou.

Moraes esteve na noite anterior no Palácio da Alvorada, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado de ministros do STF, do governo e do procurador-geral da República. O encontro foi uma demonstração pública de apoio institucional.

Nos bastidores, o ministro sinalizou que não pretende acionar a Justiça americana neste momento. A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a ser mobilizada para representar o magistrado, mas a decisão final foi de aguardar.

Trump também já havia proibido a entrada de Moraes e de seus familiares nos EUA. As sanções ocorrem após articulações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que percorreu Washington nos últimos meses em busca de retaliações ao ministro.

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