Superfungo Candida auris faz três vítimas em hospital do Recife; dois pacientes morreram

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco confirmou, nesta quinta-feira (18), três casos do superfungo Candida auris no Hospital Otávio de Freitas, em Tejipió, Zona Oeste do Recife. Dois pacientes — homens de 44 e 49 anos, com doenças pré-existentes — morreram. O terceiro, de 33 anos, segue internado em isolamento na UTI respiratória, em estado estável.
Após a confirmação, a direção do hospital suspendeu temporariamente novas admissões na UTI para realizar limpeza e desinfecção completa do espaço, sob orientação da Apevisa e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. As visitas continuam permitidas, mas de forma restrita.
A SES informou que reforçou as medidas de prevenção, como uso de EPIs, higiene das mãos e desinfecção de superfícies e equipamentos médicos.
Histórico em Pernambuco
- 2021/2022: primeiro caso confirmado no Hospital da Restauração.
- 2022/2023: Hospital Miguel Arraes registrou novos episódios e chegou a suspender atendimentos.
- 2023: Hospital Getúlio Vargas também interrompeu atividades após detecção do fungo.
- 2024: Hospital Agamenon Magalhães confirmou infecção em paciente de 64 anos.
- 2025: agora, três novos casos no Otávio de Freitas, com duas mortes.
O Candida auris é considerado um dos superfungos mais resistentes a medicamentos e pode causar surtos em ambientes hospitalares.
🚨 Problemas registrados nos hospitais de Pernambuco
- Primeiros casos: confirmados no Hospital da Restauração (2021/2022).
- Reincidências: Miguel Arraes (2022/2023) e Getúlio Vargas (2023) precisaram suspender atendimentos após surtos.
- Novos focos: Agamenon Magalhães (2024) e, agora, Otávio de Freitas (2025), com três casos confirmados e duas mortes.
- Impacto direto: alas e UTIs tiveram internações suspensas para desinfecção, o que afetou a rotina de atendimento.
- Pacientes vulneráveis: todos os casos confirmados em pessoas já debilitadas por outras doenças graves (câncer, AVC, tuberculose).
🛡️ Cuidados recomendados para conter a Candida auris
- Isolamento de pacientes infectados em UTIs e enfermarias.
- Higienização rigorosa das mãos de profissionais, visitantes e acompanhantes.
- Uso obrigatório de EPIs (luvas, máscaras, aventais) por equipes médicas.
- Desinfecção completa de ambientes, superfícies e equipamentos médicos com produtos específicos.
- Monitoramento constante de outros pacientes internados para identificar novos casos rapidamente.
- Controle de visitas com número limitado de pessoas para reduzir risco de transmissão.
⚠️ Candida auris em Pernambuco: problemas x medidas de contenção
🚨 Problemas nos hospitais | 🛡️ Medidas para conter o fungo |
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Casos confirmados desde 2021 em diferentes unidades de referência (Restauração, Miguel Arraes, Getúlio Vargas, Agamenon Magalhães e, agora, Otávio de Freitas). | Isolamento imediato de pacientes infectados em UTIs e enfermarias específicas. |
Necessidade de suspender internações e atendimentos em várias ocasiões para desinfecção completa. | Higienização rigorosa das mãos de profissionais, acompanhantes e visitantes. |
Três novos casos no Hospital Otávio de Freitas em 2025, com duas mortes registradas. | Uso obrigatório de EPIs (luvas, aventais e máscaras) por toda a equipe de saúde. |
Pacientes infectados já estavam debilitados por doenças graves (câncer, AVC, tuberculose). | Desinfecção contínua de superfícies, ambientes e equipamentos médicos com produtos específicos. |
Interrupções periódicas em serviços de emergência e maternidade para evitar propagação do fungo. | Monitoramento constante de outros pacientes hospitalizados e limitação de visitas. |