UBER PRESIDENCIAL: Lula usa FAB como “taxi aéreo” para trazer 13 líderes caribenhos a Brasília

Avião militar brasileiro fez 3 paradas internacionais para buscar delegações que “não tinham dinheiro” para vir ao encontro

Em uma operação que misturou diplomacia e controvérsia, o governo Lula transformou a Força Aérea Brasileira (FAB) em um “serviço de taxi presidencial” para transportar 13 delegações caribenhas à Cúpula Brasil-Caribe, realizada em 13 de junho em Brasília. O motivo oficial? A maioria dos países “não dispunha de recursos” para bancar a própria viagem.

A aeronave militar brasileira percorreu três países – Nassau (Bahamas), Porto de Espanha (Trinidad e Tobago) e Georgetown (Guiana) – recolhendo líderes que, segundo o Itamaraty, não tinham aviões oficiais ou dinheiro para passagens comerciais. Uma espécie de “Uber diplomático” custeado pelo contribuinte brasileiro.

O ROTEIRO MILIONÁRIO DA “CARONA PRESIDENCIAL”

A operação foi digna de uma companhia aérea:

  • 3 paradas estratégicas no Caribe para “coletar” líderes
  • 13 delegações transportadas gratuitamente
  • 16 representantes no total (alguns vieram por conta própria)
  • Custo total não divulgado pelo governo brasileiro

Entre os “passageiros VIP” estavam delegações de Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Santa Lúcia, Granada, Guiana, Haiti, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Jamaica, Trinidad e Tobago, além da Comunidade do Caribe e Associação dos Estados do Caribe.

A JUSTIFICATIVA OFICIAL: “POUCOS VOOS E MUITO CARO”

O Itamaraty defendeu a operação alegando que “há dificuldade de conexão aérea entre o Brasil e o Caribe”, com poucos voos diretos e custos elevados devido às escalas necessárias. Ou seja: o Brasil bancou a conta porque as passagens comerciais estavam caras demais para os líderes caribenhos.

A justificativa oficial soa irônica quando comparada ao recente caso da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu na Indonésia. Inicialmente, o governo se recusou a custear o traslado do corpo da jovem, alegando que “um decreto de 2017 não previa esse tipo de operação”. Só após a pressão pública e repercussão negativa, Lula mudou de ideia na quinta-feira (26) e alterou o decreto.

O “PACOTE COMPLETO” PARA OS VISITANTES

Não foi só o transporte. Conforme a “prática adotada em eventos internacionais”, o Itamaraty ofereceu hospedagem gratuita (suítes executivas) para todos os chefes de delegação que compareceram à cúpula. Um “pacote completo”custeado pelos contribuintes brasileiros.

A cúpula discutiu temas como:

  • Crise humanitária no Haiti (80% da capital controlada por facções)
  • Metas para a COP30 em Belém (novembro de 2025)
  • Fortalecimento da Celac (Comunidade Latino-Americana)
  • Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

A DOAÇÃO BILIONÁRIA PARA O HAITI

Como se não bastasse o transporte e hospedagem gratuitos, Lula ainda anunciou uma doação de US$ 5 milhões ao Banco de Desenvolvimento do Caribe, focada no Haiti – país que está com 80% de sua capital controlada por facções criminosas.

Curiosamente, o valor foi reduzido: o governo inicialmente estudava um aporte de até US$ 9 milhões, mas cortou para US$ 5 milhões devido às “restrições orçamentárias brasileiras”. Mesmo em crise fiscal, o Brasil encontrou US$ 5 milhões para doar ao exterior.

PRECEDENTE BOLSONARISTA

A prática não é nova. Em 2021, durante o governo Bolsonaro, o Planalto enviou um avião da FAB para buscar o presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, apelidado na época de “Bolsonaro da África”.

O Itamaraty justificou alegando “laços culturais, históricos e linguísticos” e os “agravantes da pandemia” que prejudicaram conexões aéreas internacionais. Ou seja: tanto Lula quanto Bolsonaro usaram a FAB como serviço de transporte internacional.

A CONTRADIÇÃO QUE INCOMODA

O contraste é gritante:

  • ✈️ PARA LÍDERES ESTRANGEIROS: FAB disponível, transporte gratuito, hospedagem paga
  • 🇧🇷 PARA BRASILEIRA MORTA: “Decreto não permite”, “sem previsão legal”, resistência inicial

Juliana Marins morreu na Indonésia e o governo inicialmente se recusou a custear o traslado do corpo. Apenas após pressão pública e repercussão negativa, Lula mudou o decreto para permitir a operação.

A pergunta que não quer calar: Por que é mais fácil usar a FAB para buscar líderes caribenhos do que para trazer uma brasileira morta de volta para casa?

O CUSTO SILENCIOSO

Embora o governo não tenha divulgado o custo total da operação, especialistas em aviação estimam que uma missão dessa magnitude – com três paradas internacionais e transporte de 16 autoridades – pode facilmente ultrapassar R$ 500 mil em combustível, tripulação e logística.

Para comparação: uma passagem comercial Brasil-Caribe custa entre R$ 3 mil e R$ 8 mil por pessoa. Multiplicando por 16 passageiros, o governo poderia ter gastado até R$ 128 mil em passagens comerciais, muito menos que uma operação militar completa.

DIPLOMACIA OU DESPERDÍCIO?

Para o governo, a operação “garantiu maior presença” de representantes na cúpula e fortaleceu as relações Brasil-Caribe. Para críticos, representa mais um caso de uso questionável de recursos públicos em um momento de crise fiscalcortes orçamentários.

O governo que:

  • Congela R$ 31,3 bilhões no orçamento federal
  • Corta 25% das verbas das agências reguladoras
  • Demite funcionários de órgãos públicos por falta de dinheiro
  • Encontra recursos para bancar transporte internacional de líderes estrangeiros

A NOVA POLÍTICA EXTERNA

A operação FAB-Caribe simboliza uma nova fase da política externa brasileira sob Lula 3: generosa com aliados internacionaiscustosa para os contribuintes e relutante em ajudar brasileiros no exterior.

Enquanto líderes caribenhos ganharam passagem gratuita, hospedagem paga e ainda levaram US$ 5 milhões de presente, uma jovem brasileira morta precisou de pressão pública para ter o traslado do corpo custeado pelo próprio país.

O QUE VEM POR AÍ

Com o precedente estabelecido, outros países da região podem esperar tratamento similar em futuros eventos diplomáticos. A FAB virou oficialmente um “serviço de transporte internacional” para líderes que “não têm dinheiro” para viajar.

Para os contribuintes brasileiros, fica a conta: FAB como taxi presidencialhospedagem gratuita em hotéis de luxo e doações milionárias para países estrangeiros, tudo isso em meio a uma crise fiscal que corta verbas essenciais dentro do próprio Brasil.


✈️ OPERAÇÃO: 3 paradas no Caribe, 13 delegações transportadas

💰 CUSTO: Não divulgado pelo governo (estimativa: +R$ 500 mil)

🎁 BÔNUS: US$ 5 milhões doados ao Haiti + hospedagem gratuita

🇧🇷 PRIORIDADE: Líderes estrangeiros antes de brasileiros no exterior


O Itamaraty foi procurado para comentar o custo total da operação, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

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