“Uma pancada na economia”: Ciro Nogueira ataca aumento do IOF e diz que Lula afasta investimentos

Arrecadação do Governo Lula bate recorde, mas os gastos também

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas, se juntou à ofensiva da oposição contra o aumento do IOF promovido pelo governo Lula. Em postagem nesta segunda-feira (26), ele classificou a medida como “uma pancada na economia” e acusou o Executivo de comprometer a geração de empregos.

“Cada real gasto a mais com imposto são empregos a menos, lojas a menos, vendas a menos, salários a menos”, afirmou Nogueira em sua conta no X (antigo Twitter).

O novo decreto eleva a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras em transações no exterior, empréstimos corporativos e seguros — elevando o custo de capital para empresas já pressionadas pelos juros altos. A gestora Multiplike estima que o impacto mais que dobra o custo efetivo de operações de crédito empresarial.

O senador ainda acusou o governo de agir com “irresponsabilidade fiscal obscena”, afirmando que empresários desistirão de buscar crédito para investir e gerar empregos.

“O ministro da Fazenda trincou o mais precioso ativo de uma autoridade econômica: a credibilidade”, disparou, sugerindo que Fernando Haddad prioriza o projeto político de Lula em detrimento dos fundamentos econômicos.


Oposição se mobiliza para barrar medida

Líderes oposicionistas no Congresso protocolaram projetos para sustar os efeitos do decreto. O senador Rogério Marinho (PL-RN) e o deputado federal Zucco (PL-RS) alegam que a medida foi tomada “às pressas” e gera “insegurança jurídica”.

Zucco também apresentou requerimento para convocar Haddad a prestar esclarecimentos na Câmara. A bancada do Novo protocolou proposta semelhante, afirmando que “o brasileiro não suporta mais aumento de impostos”.


Reação do governo

Diante da forte reação política e do mercado, o Ministério da Fazenda recuou parcialmente na medida, reduzindo parte das alíquotas. Ainda assim, a previsão de arrecadação segue elevada: R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, segundo dados oficiais. Em 2024, a arrecadação com IOF já havia atingido recorde histórico: R$ 70,6 bilhões (em valores corrigidos).

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