“VAZA TOGA 2” EXPÕE NOVAS ACUSAÇÕES CONTRA MORAES E MOBILIZA CÂMARA

Novas revelações batizadas de “Vaza Toga 2” reacenderam o debate sobre possíveis abusos judiciais cometidos durante as investigações e prisões relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo reportagens publicadas em agosto de 2025 por David Ágape, Eli Vieira e Michael Shellenberger, servidores do STF e do TSE teriam criado uma estrutura paralela e informal para monitorar redes sociais de manifestantes e embasar prisões preventivas — muitas vezes sem o conhecimento da defesa.

Há denúncias de que e-mails pessoais do ministro Alexandre de Moraes teriam sido usados para repassar ordens de prisão, sem os canais institucionais. Além disso, ativistas, universidades e agências de checagem teriam colaborado com a suposta infiltração em grupos fechados nas redes, produzindo relatórios que serviram como base para decisões judiciais.

As informações circulam principalmente em mídias independentes e redes sociais, como Gazeta do Povo e o site americano Public, mas até agora têm recebido pouca atenção da grande imprensa tradicional.

Diante das denúncias, o deputado Marcel van Hattem (NOVO-RS) apresentou requerimento na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para ouvir os jornalistas responsáveis pelas reportagens — Michael Shellenberger, Alex Gutentag, David Ágape e Eli Vieira — e também o ex-assessor de Moraes, Eduardo Tagliaferro, que afirma ter um dossiê que comprovaria uma operação articulada para prejudicar a direita nas eleições de 2022.

“Está muito claro que as vítimas do 8 de janeiro não tiveram direito ao devido processo legal. Prenderam pessoas com base em postagens antigas. Isso é coisa de ditadura”, afirmou Marcel van Hattem.

O parlamentar também defende que a comissão investigue o possível uso da USaid e de entidades ligadas ao governo americano no financiamento de grupos e campanhas para censurar opositores políticos no Brasil, reforçando a gravidade do que seria um caso de ingerência externa no sistema judiciário nacional.

O requerimento ainda será analisado nas próximas sessões da comissão. Caso aprovado, as oitivas podem ampliar o impacto das denúncias do “Vaza Toga 2” e pressionar por investigações formais sobre a atuação de membros do Judiciário durante o processo judicial contra os envolvidos nos atos antidemocráticos de 2023.

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