VIOLÊNCIA CHOCA PERNAMBUCO: MENINA DE 11 ANOS MORRE ESPANCADA POR COLEGAS DENTRO DE ESCOLA

A tragédia em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco, deixou o estado em choque.
Alícia Valentina, de apenas 11 anos, foi brutalmente espancada dentro da Escola Municipal Tia Zita por quatro meninos e uma menina da mesma idade.

Segundo o boletim de ocorrência, a agressão teria começado porque a menina se negou a “ficar” com um colega. O atestado de óbito aponta morte por traumatismo cranioencefálico causado por instrumento contundente, o que indica que ela pode ter sido atingida com um objeto na cabeça.

O caso aconteceu na quarta-feira (3). Alícia chegou a ser atendida em hospitais de Belém, Salgueiro e depois transferida ao Hospital da Restauração, no Recife, onde teve morte cerebral confirmada no domingo (7).

A mãe da menina relatou que só foi informada da gravidade no segundo hospital, após exames apontarem pancada forte na cabeça. Antes disso, a filha chegou a ser medicada e liberada duas vezes, mesmo apresentando sangramentos e vômitos.

A ocorrência foi inicialmente registrada como lesão corporal, mas depois corrigida para lesão seguida de morte. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do crime e se câmeras da escola flagraram o ataque.

🚨 TRAGÉDIA EM PE: Menina de 11 anos morre após ser espancada por 5 colegas dentro da escola.

📍 O caso aconteceu em Belém do São Francisco, Sertão de Pernambuco.

📑 Boletim de ocorrência: agressões começaram porque Alícia recusou “ficar” com um colega.

🩸 Laudo aponta traumatismo craniano causado por objeto contundente.

🏥 Criança foi atendida em 3 hospitais antes da morte cerebral confirmada no Recife.

👩‍👧 Mãe denuncia falhas no atendimento e pede justiça.

Belém do São Francisco (PE) — A morte de Alícia Valentina, de 11 anos, após ser espancada por cinco colegas dentro da escola, chocou o Sertão de Pernambuco e expôs a urgência de medidas eficazes contra a violência escolar. A menina morreu no domingo (7) com traumatismo cranioencefálico, quatro dias após a agressão que aconteceu dentro da Escola Municipal Tia Zita.

O que aconteceu no dia da agressão

Quarta-feira, 3 de setembro: Na Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco, Alícia foi abordada por cinco colegas no banheiro ou próximo a ele. Segundo o boletim de ocorrência, baseado no relato de outra criança testemunha:

  • O motivo: Um dos meninos se revoltou porque Alícia rejeitou “ficar com ele”
  • Os agressores: Quatro meninos e uma menina
  • O local: Área próxima ao banheiro da escola
  • A violência: Espancamento que causou traumatismo craniano

A negligência que custou uma vida

Falhas no atendimento inicial:

  1. Na escola: Funcionários levaram Alícia ao hospital local, mas não comunicaram adequadamente a gravidade
  2. Primeiro hospital: Menina foi medicada e liberada sem exames detalhados
  3. Em casa: Alícia apresentou sangramento no ouvido – sinal de trauma grave
  4. Posto de saúde: Novamente atendida e liberada sem investigação aprofundada
  5. Sintomas graves: Só quando vomitou sangue a família entendeu a gravidade

A peregrinação hospitalar

Cronologia do desespero:

  • Hospital local (Belém do São Francisco): Atendimento superficial, criança liberada
  • Posto de saúde: Segundo atendimento inadequado após sangramento no ouvido
  • Hospital Municipal: Terceiro atendimento, vômito com sangue
  • Hospital de Salgueiro (77 km): Transferência de emergência
  • Hospital da Restauração (Recife – 462 km): Transferência final devido à gravidade
  • Domingo, 7 de setembro: Morte cerebral confirmada

O que diz a medicina legal

Causa da morte: Traumatismo cranioencefálico produzido por instrumento contundente

O que isso significa:

  • Alícia foi atingida na cabeça com algum objeto pesado
  • O trauma foi severo o suficiente para causar lesão cerebral fatal
  • Não foi “apenas” um tapa ou empurrão – foi violência com objeto contundente

Sinais de alerta ignorados

Sintomas que deveriam ter gerado internação imediata:

  • Sangramento no ouvido: Indica possível fratura craniana
  • Vômito com sangue: Sinal de hemorragia interna grave
  • Alteração do comportamento: Sonolência ou confusão após trauma
  • Dor de cabeça intensa: Comum em traumatismo craniano

O que a família não sabia

Segundo a mãe de Alícia:

  • Só soube da gravidade real no segundo hospital (Salgueiro)
  • A filha nunca contou como aconteceram as agressões
  • A escola não soube explicar as circunstâncias da violência
  • Uma professora mencionou que câmeras de segurança registraram parte da agressão

Bullying ou crime?

Características do caso:

  • Premeditação: Cinco pessoas organizadas contra uma
  • Motivação: Vingança por rejeição romântica
  • Gravidade: Uso de objeto contundente
  • Local: Dentro do ambiente escolar
  • Idade: Todos menores de idade

Classificação legal:

  • Inicial: Lesão corporal
  • Após a morte: Lesão corporal seguida de morte
  • Investigação: Polícia Civil de Pernambuco

Falhas do sistema de proteção

Na escola:

  • Ausência de supervisão adequada
  • Falta de protocolo para emergências médicas
  • Câmeras de segurança não impediram a violência
  • Comunicação deficiente com a família

No sistema de saúde:

  • Três atendimentos inadequados antes da transferência
  • Falta de protocolo para trauma craniano infantil
  • Demora no diagnóstico correto
  • Necessidade de percorrer 462 km para atendimento adequado

O perfil da violência escolar

Dados preocupantes:

  • 1 em cada 10 estudantes brasileiros sofre bullying regularmente
  • Violência física representa 15% dos casos de bullying
  • Meninas são mais vítimas de violência psicológica
  • Meninos tendem mais à violência física

Sinais de que a criança está sofrendo bullying:

  • Mudança de comportamento repentina
  • Resistência em ir à escola
  • Machucados inexplicáveis
  • Perda de objetos pessoais frequentemente
  • Isolamento social

Marco legal brasileiro

Lei 13.185/2015 – Programa de Combate ao Bullying:

  • Obriga escolas a terem políticas anti-bullying
  • Define bullying como violência física ou psicológica
  • Estabelece responsabilidades das instituições
  • Prevê campanhas educativas

Responsabilidades:

  • Escola: Prevenção, identificação e intervenção
  • Família: Educação sobre respeito e tolerância
  • Estado: Capacitação de profissionais e recursos
  • Sociedade: Cultura de paz e não-violência

Como prevenir novos casos

Medidas urgentes necessárias:

  1. Supervisão efetiva em todas as áreas da escola
  2. Protocolos médicos para emergências escolares
  3. Câmeras de monitoramento com vigilância ativa
  4. Programas anti-bullying com metodologia comprovada
  5. Capacitação de professores para identificar violência
  6. Comunicação imediata com famílias em casos graves

O que fazer se seu filho for vítima

Passos imediatos:

  1. Documente todas as ocorrências
  2. Procure a escola formalmente
  3. Exija providências por escrito
  4. Busque apoio psicológico para a criança
  5. Acione autoridades se necessário
  6. Acompanhe mudanças de comportamento

A dor que poderia ter sido evitada

A morte de Alícia Valentina representa a falência de múltiplos sistemas de proteção. Uma criança de 11 anos morreu porque:

  • A escola não protegeu
  • O sistema de saúde falhou
  • A violência foi normalizada
  • Os sinais foram ignorados

Homenagem à memória

Alícia Valentina era uma criança comum, com sonhos e esperanças como qualquer menina de sua idade. Sua morte não pode ser em vão. Deve servir como um alerta definitivo para que nenhuma outra criança passe pelo que ela passou.

O que podemos fazer:

  • Exigir políticas eficazes nas escolas
  • Educar sobre respeito e consenso
  • Quebrar a cultura da violência
  • Proteger nossas crianças

ATUALIZAÇÃO: O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco. Os nomes dos envolvidos não são divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Em memória de Alícia Valentina (2013-2024)

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