Carlos Bolsonaro resgata caso Adélio e acusa “mesmo método” em suposta fraude contra aliado de Bolsonaro

Justiça Federal determina retorno de Adélio Bispo a Minas Gerais | Agência  Brasil

Vereador relembra inconsistências na investigação do atentado contra seu pai e compara com registro de entrada falso atribuído a Filipe Martins

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, publicou neste domingo (13) uma longa e explosiva declaração nas redes sociais, relacionando o atual caso do ex-assessor Filipe Martins — acusado de falsificar um registro de entrada nos Estados Unidos — com o atentado a faca sofrido por Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018.

Segundo Carlos, o uso de registros falsos para formar álibis e manipular investigações “não é novidade”. Ele afirma que o mesmo expediente teria sido usado no dia do ataque contra seu pai, quando foi inserido um registro de entrada falso em nome de Adélio Bispo na Câmara dos Deputados, numa possível tentativa de criar um álibi para o autor da facada.

“Até hoje, nenhuma explicação convincente foi dada pelas autoridades sobre esse registro, nem sobre as dezenas de coincidências que cercam o caso”, escreveu.

Carlos também questiona o perfil de Adélio e as circunstâncias que envolvem sua defesa jurídica. “Ele era desempregado, mas foi encontrado com quatro celulares, notebooks, cartões de crédito pré-pagos e chips descartáveis”, descreveu. O vereador afirmou ainda que Adélio tinha ligação com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), e que amigos de infância do agressor ocupavam cargos de liderança na facção.

Outra linha da acusação envolve a rápida mobilização de uma equipe de quatro advogados renomados para defender Adélio, incluindo dois que chegaram de jatinhos em pleno feriado de 7 de setembro.

“Um deles, preso depois por lavagem de dinheiro para o PCC, tinha mais de R$ 200 milhões em conta. Quem pagou essa conta? Nunca apareceu ninguém. O contrato tinha cláusula de confidencialidade”, criticou Carlos.

Ele também citou mortes consideradas suspeitas de pessoas que tiveram contato direto com Adélio nos dias que antecederam o atentado, incluindo a dona da pensão em que o agressor ficou hospedado e um homem que dividiu o quarto com ele.

No fim da publicação, o vereador voltou a questionar a versão oficial de que Adélio agiu sozinho por problemas mentais, e destacou o que considera mais uma “coincidência”: o delegado da Polícia Federal que conduziu a investigação foi promovido no governo Lula e atualmente ocupa a chefia da diretoria de inteligência da corporação — o mesmo setor, segundo Carlos, colocado à disposição do ministro Alexandre de Moraes para apurar atos relacionados ao ex-presidente Bolsonaro.

“A narrativa oficial diz que está tudo esclarecido. Mas a pergunta segue sem resposta: quem mandou matar Jair Bolsonaro? Quem bancou a defesa de Adélio? Com que interesses?”, finalizou.

O comentário de Carlos Bolsonaro foi feito no mesmo dia em que ganhou repercussão o caso envolvendo Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, apontado como suposto foragido por autoridades americanas — o que foi desmentido após inconsistências no registro de entrada nos EUA.

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