đšÂ Tumulto na CĂąmara: vereador do Recife aciona polĂcia apĂłs ser chamado de âfascista e racistaâ por professores
Eduardo Moura (Novo) interrompeu sessĂŁo, deixou a tribuna e chamou a PM. Sindicato acusa vereador de censura e perseguição polĂtica.

Um embate entre o vereador Eduardo Moura (Novo) e professores da rede municipal do Recife causou tumulto na sessĂŁo desta segunda-feira (30) na CĂąmara Municipal. Moura interrompeu seu discurso, deixou a tribuna e chamou a PolĂcia Militar apĂłs ser chamado de âfascistaâ e âracistaâ por manifestantes nas galerias.
As acusaçÔes vieram durante o debate de um projeto de lei apresentado pela vereadora Liana Cirne (PT), que proĂbe interferĂȘncia de parlamentares nas atividades sindicais. A proposta Ă© uma reação direta a uma ação recente do prĂłprio Moura, que retirou cartazes antirracistas de uma escola pĂșblica, gerando forte repercussĂŁo.
Segundo imagens do plenĂĄrio, o vereador ameaçou identificar um dos manifestantes e levĂĄ-lo Ă delegacia, afirmando que foi vĂtima de calĂșnia. Ele deixou o pĂșlpito e caminhou em direção Ă s galerias, sendo contido por outros parlamentares â inclusive aliados, como o lĂder da oposição, Felipe Alecrim (Novo).
A sessão foi suspensa e retomada dez minutos depois. Jå os professores deixaram o local escoltados por Liana Cirne e JÎ Cavalcanti (PSOL).
đŁ O QUE DIZEM OS ENVOLVIDOS
đŁïž Eduardo Moura (Novo)
Por meio de nota, o vereador afirmou que foi alvo de uma âfalsa e criminosa acusaçãoâ por parte de um representante do SIMPERE, sindicato dos professores. Ele promete registrar boletim de ocorrĂȘncia e disse que se manteve calmo o tempo todo:
âRepudio toda e qualquer expressĂŁo contra a honra e dignidade de qualquer pessoa, inclusive de parlamentares.â
đą SIMPERE (Sindicato dos Professores)
O sindicato classificou a atitude de Moura como âautoritĂĄria e persecutĂłriaâ e denunciou o uso da polĂcia como forma de intimidação e censura:
âNĂŁo aceitaremos que nossa categoria seja criminalizada por exercer o direito Ă livre manifestação polĂtica e sindical. As galerias do povo nĂŁo serĂŁo silenciadas.â