Com soluços e vômitos, Bolsonaro cancela toda a agenda pública de julho por ordem médica

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou todos os compromissos públicos previstos para o mês de julho após apresentar crises de soluço, vômitos e dificuldades para falar. A informação foi divulgada na noite de terça-feira (1º) em comunicado assinado pelos médicos Claudio Birolini e Leandro Echenique e pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Segundo o boletim, Bolsonaro está em repouso domiciliar obrigatório para garantir a recuperação de uma cirurgia recente, além de complicações como pneumonia e dificuldades para se alimentar.

“Durante esse período, ele ficará afastado de suas atividades habituais, incluindo agendas públicas e político-partidárias, retornando tão logo esteja plenamente restabelecido”, diz a nota.

A decisão foi tomada após consulta médica de urgência, embora o ex-presidente tenha inicialmente afirmado que manteria compromissos em Santa Catarina e Rondônia. A indefinição sobre essas agendas permanece.

Última aparição

A última aparição pública de Bolsonaro foi no domingo (29), durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo. Apesar do apelo por “Justiça Já” contra o STF, o evento reuniu cerca de 16 mil apoiadores — o menor público entre os sete atos já promovidos pelo ex-presidente neste ano.

Na manifestação, Bolsonaro reforçou o pedido de maioria no Congresso nas eleições de 2026, sugerindo que mesmo sem concorrer novamente à Presidência, poderia influenciar o rumo do país:

“Me deem 50% da Câmara e 50% do Senado que eu mudo o destino do Brasil. Nem eu preciso ser presidente”, declarou, ao lado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Bolsonaro se tornou réu em março deste ano por tentativa de golpe de Estado, e o julgamento no STF está previsto para ocorrer até setembro, o que aumenta a tensão no ambiente político.

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