SUPLENTE DE ALCOLUMBRE VIRA ALVO DA PF EM MEGAOPERAÇÃO CONTRA DESVIOS MILIONÁRIOS NO DNIT

Da esq. para a dir.: Breno Chaves Pinto, Davi Alcolumbre e Josiel Alcolumbre (irmão do senador)

O empresário Breno Chaves Pinto, segundo suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta segunda-feira (22), no Amapá. Ele é investigado por suspeita de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos em contratos com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ligado ao Ministério dos Transportes.

A operação, que também teve participação da Controladoria-Geral da União (CGU), cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em quatro estados: Amapá (6), Minas Gerais (3), Mato Grosso do Sul (1) e Amazonas (1).

O ESQUEMA

Segundo as investigações, o grupo criminoso simulava concorrência pública com propostas fictícias e cláusulas restritivas em editais, favorecendo empresas ligadas ao suplente. A principal delas, a LB Construções, venceu uma licitação de R$ 268 milhões em 2023 para obras de recuperação da BR-156, no Amapá — o maior contrato já firmado pelo empresário com o governo federal.

OS LUXOS ENCONTRADOS

Durante a ação no Amapá, os agentes da PF apreenderam três pistolas, um fuzil e 250 munições. Já em Nova Lima (MG), o cenário incluía três carros da marca Porsche, relógios de luxo, joias e 13 quadros de arte, incluindo obras dos renomados pintores Cândido Portinari e Guignard.

As empresas de Breno Chaves Pinto acumulam R$ 1,4 bilhão em contratos com o poder público, muitos deles abastecidos por emendas parlamentares atribuídas ao próprio Alcolumbre.

ALCOLUMBRE SE DEFENDE

Em nota, Davi Alcolumbre negou qualquer relação com as empresas envolvidas ou com a atuação empresarial de seu suplente. O senador declarou ainda que “respeita as instituições” e defende que todos os investigados prestem os devidos esclarecimentos à Justiça.

Até o momento, nem o Dnit nem o empresário se manifestaram.

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