EX-ASSESSOR DO TSE ACUSA MORAES DE FORJAR DOCUMENTOS EM OPERAÇÃO CONTRA EMPRESÁRIOS BOLSONARISTAS
Um depoimento explosivo no Senado elevou a temperatura política em Brasília. O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no TSE, Eduardo Tagliaferro, afirmou que o magistrado teria forjado relatórios para justificar a operação da PF contra empresários bolsonaristas em 2022.
Segundo Tagliaferro, os documentos usados como base da decisão foram produzidos dias depois da operação, mas tiveram a data alterada para dar aparência de legalidade. Prints e metadados apresentados pelo ex-assessor indicariam que o laudo só foi elaborado em 28 de agosto de 2022, embora conste nos autos como datado de 22 de agosto, véspera da ofensiva da PF.
s acusações foram feitas durante audiência na Comissão de Segurança Pública do Senado, presidida por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no mesmo dia em que o STF iniciou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. O senador anunciou que vai enviar a documentação ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, pedindo a suspensão do julgamento, e também ao presidente dos EUA, Donald Trump, que pressiona o Brasil com novas tarifas.
Tagliaferro ainda acusou o atual procurador-geral da República, Paulo Gonet, de ter atuado fora do rito legal em parceria com Moraes, exibindo prints de mensagens trocadas à época em que Gonet era vice-procurador-geral eleitoral.
⚖️ A resposta do ministro
Em nota, Alexandre de Moraes negou qualquer irregularidade. Disse que todas as ações foram “oficiais, regulares e documentadas”, com participação da Procuradoria-Geral da República. O gabinete do ministro afirmou que o TSE, na presidência de Moraes, tinha competência para elaborar relatórios sobre desinformação, discursos de ódio e tentativas de golpe.
🗣️ Moraes não comentou diretamente a acusação de fraude, mas reforçou que os relatórios apenas descreviam postagens ilícitas e que os procedimentos estão nos inquéritos em curso no STF.
As revelações de Tagliaferro adicionam tensão ao julgamento histórico de Bolsonaro, reforçando a narrativa da oposição de que houve abuso de autoridade e manipulação de provas.
