💥 TCE SUSPENDE CONCURSO APÓS APROVAÇÃO DE CANDIDATA SUSPEITA DE FRAUDAR 14 PROVAS

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) suspendeu o resultado de seu concurso público após a Polícia Federal revelar que uma das candidatas aprovadas é investigada por envolvimento em um esquema de fraudes em seleções públicas no Nordeste.

A decisão foi anunciada nesta terça-feira (7) em nota conjunta com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela aplicação das provas. Segundo o comunicado, o cronograma do certame ficará suspenso até que todos os fatos sejam esclarecidos.

A advogada Laís Giselly Nunes de Araújo, de 31 anos, aprovada em 5º lugar para o cargo de Auditora de Controle Externo em Tecnologia da Informação, é apontada pela PF como uma das principais suspeitas. De acordo com o inquérito, conduzido pela Superintendência da PF da Paraíba, a recifense teria fraudado ao menos 14 concursos públicos.

As suspeitas começaram em 2022, quando Laís passou a ser monitorada por aprovações em série. Mesmo sob investigação, ela chegou a ingressar no curso de Medicina da UFPE. Formada em Direito e inscrita na OAB, já havia sido aprovada em seleções do MPPE, UFPE, IFPE, Prefeitura do Recife e Campina Grande, além da Autarquia Municipal de Trânsito de Ipojuca, seu primeiro cargo público em 2014.

Outro pernambucano também aparece na investigação: Luiz Paulo Silva dos Santos, do Cabo de Santo Agostinho. Segundo a PF, ele seria responsável por fraudar mais de 67 concursos, incluindo o Concurso Nacional Unificado (CNU), o chamado “Enem dos Concursos”.

De acordo com o inquérito, as fraudes eram cometidas por uma organização criminosa especializada, que contratava pessoas com alto conhecimento técnico para resolver as provas e repassava os gabaritos aos candidatos clientes.

Operação Última Fase, deflagrada em 2 de outubro, cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e 3 prisões preventivas em Pernambuco, Alagoas e Paraíba. No estado, as ações ocorreram em Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Passira e Araripina. A PF apreendeu veículos, computadores, celulares e dinheiro em espécie.

Diante das revelações, o TCE-PE e a FGV informaram que já estão adotando medidas junto às autoridades policiais e judiciais para preservar a integridade do concurso.

“O TCE-PE será intransigente na defesa da lei, da meritocracia e do interesse público, quaisquer que sejam as medidas jurídicas necessárias”, diz trecho da nota oficial.

As investigações também miram fraudes em seleções das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Universidade Federal da Paraíba.

NOTA OFICIAL TCE-PE

Diante dos fatos revelados por inquérito da Polícia Federal (PF) e veiculados na imprensa sobre fraudes em concursos públicos em nível nacional e estadual, o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informam que já estão tomando todas as providências cabíveis junto às autoridades policiais e judiciárias para proteger a integridade do certame.

O TCE-PE, como instituição de controle externo que tem o dever constitucional de zelar pela regularidade das admissões de pessoal da gestão pública, será intransigente na defesa da lei, da meritocracia e do interesse público, quaisquer que sejam as medidas jurídicas que o caso exija.

Até que todos os fatos estejam devidamente esclarecidos, ficam suspensos todos os atos pertinentes ao concurso.

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