Justiça mantém bloqueios a bens de Gusttavo Lima
Gusttavo Lima Mantém Bens Bloqueados Após Indiciamento em Operação de Lavagem de Dinheiro
O cantor Gusttavo Lima, indiciado por envolvimento em organização criminosa e lavagem de dinheiro, terá parte de seus bens e valores em dinheiro mantidos sob bloqueio. A decisão foi proferida pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, e divulgada na tarde desta quarta-feira (9). A coluna Segurança teve acesso exclusivo à íntegra da decisão.
Lima é um dos 22 indiciados na Operação Integration, conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco, que investiga uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro e operações ilegais de jogos de azar, com movimentações estimadas em R$ 3 bilhões nos últimos anos. Entre os indiciados está a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra.
O cantor chegou a ter sua prisão preventiva decretada, mas a medida foi revogada no dia seguinte por decisão em segunda instância. O bloqueio de R$ 2 milhões em dinheiro foi mantido, assim como o bloqueio de R$ 1,35 milhão da empresa GSA Empreendimentos e Participações, de sua propriedade. Além disso, a magistrada havia determinado no mês passado o sequestro cautelar de imóveis em nome do artista.
Em sua decisão, a juíza declarou: “Decido manter as medidas cautelares e indeferir o pedido de revogação, preservando os decretos constritivos patrimoniais em relação a Nivaldo Batista Lima (Gusttavo Lima), assim como aos demais indiciados”. Ela destacou que os fundamentos que justificaram a decisão original permanecem inalterados, ressaltando a gravidade das circunstâncias que levaram à adoção dessas medidas.
O inquérito da Polícia Civil de Pernambuco revelou que contas de empresas associadas a Gusttavo Lima receberam depósitos suspeitos de outros investigados, e quantias também teriam sido transferidas para a conta pessoal do cantor. Para os investigadores, essas movimentações visavam à prática de lavagem de dinheiro.
Na semana passada, a juíza também autorizou a utilização de dois helicópteros e dois jatinhos apreendidos durante a Operação Integration para investigações e operações adicionais no Estado. Um dos jatos, um Cessna Aircraft 560 XLS, pertenceu a Gusttavo Lima e foi vendido para a empresa de apostas Esportes da Sorte, principal alvo do inquérito, mas posteriormente devolvido devido a falhas na aeronave, conforme alegado pela defesa do artista. Posteriormente, a aeronave foi repassada para a empresa de apostas Vai de Bet, outra investigada por lavagem de dinheiro, na qual Lima se tornou sócio, com uma participação de 25%.