MPPE diz que não há provas suficientes contra Gusttavo Lima

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) afirmou, em parecer, que não há provas suficientes no relatório da investigação policial para comprovar o envolvimento do cantor Gusttavo Lima em crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e jogos ilegais.

Segundo o documento, o MPPE se referiu ao recebimento de R$ 4.947.400,00 e R$ 4.819.200,00 da empresa Esportes da Sorte, destacando que “os valores correspondem à compra de uma aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS”.

O parecer ressaltou que “o fato de a data da assinatura eletrônica do distrato não coincidir com a data registrada, bem como a venda posterior da mesma aeronave, sete meses depois, para a empresa J.M.J. Participações LTDA, de José André da Rocha, não configura, por si só, crime de lavagem de dinheiro, considerando que houve a restituição integral do valor pago após o distrato do negócio entre Esportes da Sorte e Balada Eventos e Produções LTDA”. O Diário de Pernambuco teve acesso ao documento.

Durante a Operação Integration, a Polícia Civil apreendeu no cofre da Balada Eventos, empresa de Gusttavo Lima, quantias em dinheiro que somavam R$ 112 mil, além de 5.700 euros, 5.900 libras e 1.000 dólares. A polícia alegou que os valores poderiam estar relacionados à ocultação de dinheiro proveniente do jogo do bicho.

O Ministério Público, no entanto, avaliou que a apreensão dos montantes não é suficiente para comprovar que são fruto de atividades ilegais. “A mera apreensão desses valores, sem elementos que indiquem sua origem, não permite concluir que foram obtidos de forma ilícita, vinculados a jogos ilegais da Esportes da Sorte e da Pix 365 Soluções Tecnológicas”, diz o parecer.

Em nota enviada ao Diario, a defesa de Gusttavo Lima reforçou que o posicionamento do MPPE corrobora a convicção do artista.

Operação Integration

A Operação Integration, deflagrada em setembro, levou à prisão da influenciadora Deolane Bezerra, sua mãe Solange, e outros suspeitos. Gusttavo Lima chegou a ter sua prisão decretada, mas a decisão foi posteriormente revogada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Durante a operação, foram bloqueados mais de R$ 2,2 bilhões em bens e ativos financeiros de 22 indiciados, que agora respondem ao processo em liberdade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *