Bebê de seis meses morre após Hapvida negar leito de UTI

Uma família de Paulista acionou a Justiça para responsabilizar o plano de saúde Hapvida pela morte de uma bebê de seis meses, após a negativa de internação em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da rede.

O incidente ocorreu no final de abril, e a criança faleceu em 8 de maio devido a complicações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

O Hapvida justificou a recusa alegando que o plano contratado ainda estava no período de carência de 180 dias. O contrato havia sido firmado em 12 de janeiro de 2024, quando a bebê tinha dois meses de vida. A Hapvida afirmou que a criança permaneceu na “sala vermelha”, com suporte de oxigênio e monitoramento 24 horas, enquanto aguardava a internação na UTI.

Segundo o advogado da família, Roberto Dutra, a menina Lívia Beatriz Guimarães dos Santos, de seis meses, foi levada ao Hospital Hapvida em Olinda pela mãe, Lavínia Guimarães Costa, de 26 anos, no dia 24 de abril, pouco após a meia-noite. A bebê apresentava sintomas graves de SRAG, incluindo gripe e secreção nasal, e exames iniciais indicaram comprometimento do pulmão direito (atelectasia), que pode causar insuficiência respiratória.

Embora os médicos tenham solicitado a internação imediata em um leito de UTI, a Hapvida negou o pedido, citando o período de carência do plano. A bebê foi mantida na enfermaria da “sala vermelha” até 30 de abril, quando foi transferida para o Hospital Hapvida do bairro do Torreão, na Zona Norte do Recife, onde precisou ser entubada.

Somente em 1º de maio, após a família conseguir uma liminar judicial, Lívia Beatriz foi finalmente internada em um leito de UTI. Ela permaneceu na UTI do Hospital Hapvida do bairro do Torreão por mais sete dias até falecer em 8 de maio.

Durante os seis dias iniciais no Hospital Hapvida em Olinda, a seguradora tentou transferir a menina para um leito de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Desde o primeiro momento a equipe médica solicitou um leito de UTI, que foi negado pela Hapvida sob a justificativa de que não havia passado o prazo de carência para usar o plano. A Hapvida manteve a bebê em enfermaria até o dia 1º de maio, sem o suporte médico necessário, o que ocasionou o agravamento do quadro de saúde e a morte da criança no dia 8 de maio”, explicou o advogado Roberto Dutra em reportagem da TV Globo.

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