Cerca de 2,5 milhões de carros no Brasil precisam trocar o Airbag

Cerca de 2,5 milhões de veículos no Brasil estão com recall pendente devido a um defeito grave nos airbags produzidos pela fabricante japonesa Takata, um dos maiores escândalos da indústria automotiva dos últimos anos. Esse problema, que já resultou na morte de sete pessoas no país, foi identificado há mais de uma década e afeta quase 20 fabricantes, envolvendo mais de 100 milhões de veículos em todo o mundo.

No Brasil, mais de 5 milhões de carros foram convocados para a substituição das peças defeituosas. No entanto, apenas metade dos proprietários compareceu para o reparo, mesmo com o recall sendo gratuito. O caso ganhou destaque em 2013, quando se descobriu que os insufladores de airbags da Takata apresentavam um defeito que poderia causar uma abertura excessiva do airbag. Em 2014, o problema passou a ser associado a mortes em outros países, aumentando a atenção global para o caso.

O recall afeta globalmente mais de 100 milhões de veículos, tornando-o o maior recall da história automotiva. De acordo com a Reuters, a falha já resultou em pelo menos 30 mortes e 300 feridos. O problema está ligado a uma peça defeituosa chamada insuflador, que é uma caixa metálica responsável por conter o gás que inflaciona o airbag. Quando o insuflador falha, ele pode se estilhaçar durante a explosão do airbag, lançando fragmentos metálicos contra os ocupantes e provocando ferimentos potencialmente fatais.

A falha nos insufladores resulta de uma combinação de fatores: os airbags da Takata utilizam nitrato de amônio para inflar a bolsa de ar. Embora o nitrato seja relativamente inofensivo na forma de pó seco, ele se torna perigoso quando exposto a calor ou umidade prolongada. A montagem do dispositivo permite que a umidade penetre e corrompa partes metálicas, que se rompem durante a explosão do airbag, prejudicando os ocupantes.

Para verificar se seu veículo está incluído neste recall, você deve ficar atento aos comunicados divulgados por montadoras em meios de comunicação, como televisão, jornais e rádio. Além disso, os sites das marcas frequentemente têm seções dedicadas aos recalls. As montadoras também enviam cartas aos proprietários dos veículos envolvidos e disponibilizam um número de telefone gratuito para mais informações. Essas comunicações informam o modelo, o ano de fabricação e o número de chassi dos veículos convocados para o recall.

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