Governadora promove policiais envolvidos no Massacre de Camaragibe

No programa de Cardinot desta quinta-feira, 25 de julho de 2024, foi transmitida uma atualização chocante sobre o massacre de Camaragibe, ocorrido entre os dias 14 e 15 de setembro de 2023, que chocou Pernambuco. A denúncia do caso aponta que policiais militares, em resposta à morte de dois colegas durante um tiroteio, chacinaram uma família, agindo sob o comando e monitoramento de oficiais superiores. Uma advogada envolvida no caso indicou que o Governo de Pernambuco promoveu alguns dos policiais envolvidos, mesmo eles estando sendo investigados e processados.

ASSISTA NO VÍDEO ACIMA TRECHO DA ENTREVISTA COM A ADVOGADA

A advogada Aline Maciel, representante da família de Letícia, uma das vítimas, revelou que Ana Vitória, a filha de Letícia, nasceu com diversas complicações graves, incluindo microcefalia e glaucoma congênito, devido ao trauma sofrido pela mãe durante o massacre. Letícia, grávida na época dos fatos, foi baleada na cabeça pelos policiais, resultando em graves ferimentos que levaram à morte da mãe e ao nascimento prematuro e debilitado da filha.

Maciel relatou ainda que os policiais envolvidos agiram motivados por vingança, em um ato bárbaro e covarde – segundo palavras dela. Entre as vítimas estava um adolescente de 14 anos, que foi brutalmente agredido e executado por um dos policiais, fato que chocou até mesmo outros membros da corporação.

O caso gerou grande repercussão, levando à indiciamento de 12 policiais, sendo que cinco estão presos e sete foram afastados de suas funções. No entanto, há críticas severas sobre a forma como as investigações estão sendo conduzidas. A advogada Aline Maciel questiona a legitimidade dos laudos médicos emitidos sem os devidos exames complementares, como tomografias, que poderiam confirmar os danos neurológicos das vítimas.

No programa, através das palavras da advogada, foram destacadas as falhas no preparo e capacitação dos policiais, apontando a necessidade urgente de melhorias no treinamento e monitoramento das forças de segurança para evitar novos episódios de violência e abuso de poder. A governadora e as autoridades competentes foram instadas a tomar medidas efetivas para garantir justiça às famílias das vítimas e restaurar a confiança da sociedade na polícia.

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