Navio de carga naufraga em Olinda; tripulantes são resgatados e carga saqueada por moradores

Veja o vídeo:

Na noite desta sexta-feira (10), por volta das 23h30, um navio de carga naufragou a aproximadamente cinco quilômetros da praia de Casa Caiada, em Olinda, no Grande Recife. A embarcação, chamada “Topa Tudo Noronha”, transportava alimentos, bebidas e materiais de construção com destino ao arquipélago de Fernando de Noronha.

Os sete tripulantes foram resgatados em segurança por uma lancha, em uma operação coordenada pela Marinha. De acordo com a Capitania dos Portos, todos estão “em bom estado de saúde”.

Problemas detectados durante a viagem

O navio, operado pela empresa Além Mar Transportes, havia partido do Porto do Recife às 15h30. Segundo o empresário Zé Maria Sultanum, proprietário da embarcação, por volta das 20h, a tripulação detectou a entrada de água no navio e decidiu retornar ao Recife. No entanto, a situação se agravou, e a embarcação afundou a cerca de três milhas náuticas (cerca de cinco quilômetros) da costa de Olinda.

De acordo com Sultanum, o naufrágio ocorreu a apenas 40 minutos de chegada ao Porto do Recife.

Carga saqueada por moradores

Na manhã deste sábado (11), moradores da região aproveitaram a presença da carga no mar e saquearam os itens. Imagens divulgadas mostram homens usando barcos e caixotes para recolher os alimentos que flutuavam próximos à costa.

Investigação em andamento

A Marinha do Brasil instaurou um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos de Navegação para apurar as causas e circunstâncias do naufrágio.

Em nota, a administração de Fernando de Noronha informou que a carga estava abaixo da capacidade máxima exigida e que outra embarcação será enviada pela Além Mar Transportes na próxima quinta-feira (16) para atender às demandas dos clientes.

Reembolso aos clientes

A Além Mar Transportes declarou que os clientes que possuíam mercadorias declaradas e devidamente documentadas, além de terem contratado seguro, serão reembolsados. “Estamos tomando todas as medidas para minimizar os impactos e assegurar que nossos clientes sejam devidamente atendidos”, afirmou a empresa.

O naufrágio, apesar de não ter causado vítimas fatais, reacendeu debates sobre as condições de segurança em embarcações que operam no transporte de carga para Fernando de Noronha, uma rota fundamental para o abastecimento do arquipélago.

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