🎨 CNJ gasta R$ 34 mil em painel artístico sem licitação para celebrar aniversário; Barroso e Daniela Mercury participaram da festa

Obra de Toninho Euzébio foi inaugurada em solenidade com show musical e presença de ministros do STF, STJ, TST e do governo federal

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desembolsou R$ 34 mil em recursos públicos para a produção de um painel artístico comemorativo pelos 20 anos da instituição, em Brasília. A obra foi criada pelo artista plástico Toninho Euzébioe inaugurada em uma cerimônia solene na última terça-feira (10), marcada por discursos, homenagens e até um show da cantora Daniela Mercury.

A contratação foi feita sem licitação, com base no mecanismo de inexigibilidade, previsto na nova Lei de Licitações (14.133/2021). Segundo o CNJ, esse tipo de contratação direta é permitido para “profissionais do setor artístico consagrados pela crítica ou pela opinião pública”, o que dispensaria a concorrência formal.

A obra, segundo o órgão, foi produzida exclusivamente para representar “o acesso à Justiça para todas as pessoas” e passa a integrar o patrimônio público sob responsabilidade do próprio CNJ.


🎤 Cerimônia teve show e participação de ministros

O painel foi apresentado durante uma sessão solene que reuniu autoridades do Judiciário e do governo federal. Estiveram presentes:

  • Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ e do STF;
  • Edson Fachin, vice-presidente do STF;
  • Maria Elizabeth Rocha, presidente do STM;
  • Maurício Godinho, presidente em exercício do TST;
  • Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça;
  • Mauro Campbell Marques, corregedor nacional de Justiça.

A solenidade também homenageou personalidades que marcaram a história do CNJ, como o ex-ministro Nelson Jobim, que presidiu o órgão em sua criação, e o ministro do STF Flávio Dino, ex-secretário-geral do Conselho.

A cantora Daniela Mercury, que é embaixadora do Unicef e do Observatório dos Direitos Humanos do Judiciário, foi uma das agraciadas e cantou o hino nacional ao vivo. Depois, subiu ao palco com Barroso para interpretar a música “Romaria”, de Renato Teixeira, eternizada por Elis Regina.


✉️ Selo comemorativo e clima de festa

O evento também marcou o lançamento de um selo dos Correios com o tema: “Uma Justiça inovadora e mais humana”. Ao final da cerimônia, um palco foi montado dentro da sede do CNJ, selando o clima de comemoração.

A iniciativa gerou repercussão nas redes por conta do custo da obra e do tom festivo da celebração. Enquanto uns destacaram o valor cultural e simbólico da arte.

🎉 Escandalosa festa do CNJ com dinheiro público tem painel de R$ 34 mil, show de Daniela Mercury e Barroso cantando no palco

Evento em Brasília para celebrar 20 anos do Conselho Nacional de Justiça incluiu contratação artística sem licitação, homenagens políticas e clima de festa com recursos públicos

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promoveu nesta terça-feira (10) uma festa luxuosa bancada com dinheiro público para comemorar seus 20 anos de criação. O evento, realizado em Brasília, teve:

  • 🎨 Painel artístico de R$ 34 mil, encomendado sem licitação;
  • 🎤 Show de Daniela Mercury dentro da sede do CNJ;
  • 🎼 O presidente do STF e do CNJ, Luís Roberto Barroso, cantando no palco com a artista;
  • 📬 Lançamento de selo comemorativo dos Correios;
  • 🏛️ Presença de ministros dos tribunais superiores e autoridades do governo Lula;
  • 👏 Homenagens a figuras políticas como Flávio Dino e Nelson Jobim.

Segundo o próprio CNJ, o painel foi contratado por “inexigibilidade de licitação”, mecanismo legal que dispensa concorrência pública quando se trata de artistas “consagrados”.

A obra foi feita por Toninho Euzébio e, segundo o órgão, “representa o acesso à Justiça para todas as pessoas”. O painel agora integra o acervo permanente do CNJ.

A cantora Daniela Mercury, embaixadora de direitos humanos no Judiciário, entrou em cena para cantar o Hino Nacional e depois dividiu o palco com Barroso, interpretando “Romaria”, canção de Renato Teixeira eternizada por Elis Regina.


🧾 O que chamou atenção:

  • festa foi bancada com recursos públicos, enquanto o Judiciário enfrenta críticas por lentidão, privilégios e excesso de gastos;
  • O uso de verba para contratação direta de artista sem concorrência levanta dúvidas sobre transparência e prioridades do Judiciário;
  • clima de comemoração política contrastou com o cenário de crise e corte de verbas em outros setores públicos.

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