🔎 LUPI ADMITE NOMEAÇÕES NO INSS, MAS NEGA ENVOLVIMENTO EM FRAUDES E BLINDA LULA NA CPI

O ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT) prestou depoimento na CPI mista do INSS nesta segunda (8) e admitiu que chancelava indicações para cargos no órgão. No entanto, ele tentou se afastar do escândalo dos descontos irregulares em aposentadorias e preservou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
➡️ Autonomia do INSS – Lupi disse que decisões sobre descontos eram tomadas pela autarquia sem consulta a ele. Repetiu várias vezes que “o INSS é autônomo e independente”.
➡️ Queda do cargo – O político deixou o ministério em maio, após a revelação das fraudes. Ele havia nomeado Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, que também caiu quando o caso veio à tona.
➡️ Lula fora do caso – Questionado se avisou Lula sobre indícios de irregularidades, Lupi negou: “O presidente só soube no dia em que a PF deflagrou a operação”.
➡️ Relações com citados – O ex-ministro confirmou conhecer dirigentes de entidades investigadas, como Frei Chico, irmão do presidente, e Milton Cavalo, líder do Sindnapi, mas disse nunca ter recebido pedidos deles.
➡️ Tumulto na CPI – A sessão, que se estendeu até a madrugada desta terça (9), foi marcada por brigas entre governistas e bolsonaristas. Deputados chegaram a trocar provocações e a tensão quase terminou em confronto físico.
➡️ Viagem polêmica – Lupi foi questionado também sobre sua ida à final do Mundial de Clubes de 2023, custeada pela FIFA. Ele admitiu não ter comunicado Lula sobre a ausência de cinco dias no ministério.
📌 Contexto: O escândalo dos descontos irregulares envolve bilhões de reais retirados de aposentadorias sem autorização dos beneficiários. A CPI apura quem se beneficiou do esquema e como as falhas persistiram dentro do INSS.