15,9% dos jovens brasileiros não estudam e nem trabalham

Imagem: Tânia Rego / Agência Brasil

Um recente levantamento do Ministério do Trabalho revelou um crescimento significativo no contingente de jovens brasileiros que se encontram fora do mercado de trabalho, sem atividades educacionais ou em busca de emprego. No primeiro trimestre deste ano, aproximadamente 5,4 milhões de jovens se encontravam nessa condição, marcando um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o número estava em torno de 4 milhões.

Essa parcela da população, representando cerca de 15,9% dos jovens com idades entre 14 e 24 anos, está enfrentando desafios consideráveis, especialmente no que diz respeito às oportunidades de inserção no mercado laboral. Entre esses jovens, destaca-se que 60% são do sexo feminino, muitas vezes enfrentando a dupla responsabilidade de cuidar de filhos pequenos além de enfrentar as dificuldades de encontrar ocupação remunerada. Além disso, chama atenção o fato de que 68% desse grupo pertence à comunidade negra, evidenciando disparidades étnico-raciais que persistem no acesso ao emprego e à educação.

Os dados também revelam discrepâncias regionais significativas no que se refere à participação dos jovens no mercado de trabalho. Enquanto o estado de Santa Catarina ostenta a maior taxa de jovens empregados, com 62,9% da população nessa faixa etária inserida no mercado de trabalho, o Acre registra a menor porcentagem, com apenas 29,1% dos jovens encontrando-se empregados. Essa disparidade regional pode refletir diferenças estruturais e de políticas públicas entre as regiões do país, destacando a necessidade de abordagens específicas para enfrentar os desafios enfrentados pelos jovens em diferentes contextos socioeconômicos.

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