Correios adotam sigilo para esconder rombo milionário

Nos primeiros três meses do corrente ano, os Correios enfrentaram desafios financeiros significativos, refletindo em perdas substanciais para a empresa estatal. Fontes internas, sob anonimato, revelam que a gestão optou por manter em sigilo os resultados econômicos-financeiros, suscitando especulações sobre um possível prejuízo que poderia atingir até R$ 800 milhões.

As dificuldades financeiras coincidem com um aumento na demanda por serviços relacionados a compras internacionais, levantando questionamentos sobre a eficiência da gestão. Embora os gestores tenham afirmado que o montante exato do prejuízo ainda está em processo de apuração, dados anteriores revelam que os Correios encerraram o ano de 2023 com um prejuízo de R$ 597 milhões, representando uma melhora de 22% em relação ao ano anterior.

Em resposta às indagações, os Correios confirmam que as informações referentes aos primeiros trimestres deste ano estão sob sigilo, aguardando aprovação pelo Conselho de Administração. Contudo, asseguram que tais dados serão prontamente disponibilizados em seu site assim que aprovados. A empresa também expressa otimismo em relação ao desempenho futuro, projetando um lucro de R$ 150 milhões para o ano de 2024.

Além disso, levantamentos internos indicam um aumento na receita proveniente da venda de produtos e serviços em 2023, porém, a gestão atual também direcionou recursos para o patrocínio de eventos, muitos dos quais não alinhados com a visão estratégica de crescimento da empresa. Um exemplo destacado é um festival cultural em São Paulo, cujo patrocínio inicialmente previsto em R$ 2 milhões acabou absorvendo uma verba de R$ 6 milhões, informações estas também mantidas em sigilo.

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