Delegada de Pernambuco denuncia que perseguições começaram após ser assediada por delegado

Delegada Natasha Dolci denuncia perseguições após recusar investida de colega na Polícia Civil de Pernambuco

A delegada da Polícia Civil de Pernambuco, Natasha Dolci, denunciou que tem sido alvo de perseguições dentro da instituição após recusar uma investida de um colega delegado. A denúncia foi feita durante uma entrevista ao jornalista Cardinot, em seu programa transmitido AO VIVO nas redes sociais.

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Natasha Dolci está sendo investigada por suspeita de corrupção, após interceptações telefônicas revelarem diálogos entre ela e o empresário Rodrigo Carvalheira, em abril. A investigação está sob a responsabilidade do Grupo de Operações Especiais, liderado pelo delegado José Tenório dos Santos Neto, que também solicitou a geolocalização da delegada como parte das diligências. Dolci alega que está sendo vítima de perseguição indevida e aproveitou o espaço no programa de Cardinot para esclarecer os fatos.

Delegada Natasha Dolci foi entrevistada por Cardinot e alega que está sendo vítima de perseguição indevida. | Imagem: Reprodução / CARDINOT

Nas conversas interceptadas, Natasha e Carvalheira, que seriam amigos, discutiram detalhes de um inquérito de estupro envolvendo o empresário, além de um pedido dela para ser transferida para Fernando de Noronha. O caso tem gerado grande repercussão em Pernambuco nos últimos meses.

Durante a entrevista, a delegada afirmou que as perseguições e o assédio moral começaram após ela ter recusado uma investida de um colega delegado. “Para mim, o mais grave foi o assédio moral que começou a partir do momento em que você recusa uma investida. É normal, você sabe falar não, mas quando isso se transforma em outra coisa, começa a virar algo bizarro. Na época, eu tinha 25 anos e não conseguia entender tudo o que estava acontecendo. Eu entrei muito nova na polícia. Se fosse mais experiente, teria dado voz de prisão a ele ou contado tudo ao superior dele”, disse a delegada.

Sobre as acusações de corrupção, Natasha Dolci afirmou que nunca desviou dinheiro ou aceitou qualquer tipo de suborno, e que as acusações são infundadas. Ela também ressaltou que o delegado que a assediou é uma pessoa influente na política e está sempre presente em todas as gestões da Polícia Civil. Como consequência, a delegada foi transferida 14 vezes em 2 anos.

Após ter sua geolocalização monitorada e seus dados pessoais acessados, Natasha decidiu sair do estado. “Eles abriram um inquérito de corrupção contra mim e eu descobri que pediram minha interceptação telefônica, a quebra de dados do meu Instagram e minha geolocalização. Eles querem saber tudo da minha vida. Foi depois disso que eu mesma divulguei todas as mensagens entre eu e Rodrigo para provar o que estou falando. Até porque tudo o que narro, eu posso provar tranquilamente”, afirmou a delegada.

Veja no vídeo abaixo corte da entrevista:

DELEGADA PUBLICOU PRINTS DE CONVERSAS COM CARVALHEIRA

Em outra ocasião, em uma denúncia que ela fez nas próprias redes sociais, Natasha reitera que seu pedido de transferência teve como objetivo escapar dessa perseguição e ressalta que sua geolocalização não teria impacto nas investigações em curso sobre corrupção.

Veja no vídeo abaixo trecho de depoimento da delegada, sugerindo perseguição:

A delegada também publicou nas redes sociais prints de conversas que teve com o empresário Rodrigo Carvalheira, sugerindo estar aberta para revelar todos os detalhes, sem precisar do mandado de geolocalização expedido contra ela.

VEJA ABAIXO TODOS OS PRINTS PUBLICADOS PELA DELEGADA:

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