Humberto Costa assumirá presidência interina do PT no lugar de Gleisi Hoffmann

senador Humberto Costa (PT-PE) foi escolhido para assumir, de forma interina, a presidência do Partido dos Trabalhadores (PT), substituindo Gleisi Hoffmann, que deixará o cargo para comandar a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) no governo Lula. A decisão foi tomada na noite desta quinta-feira (6) pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), grupo majoritário dentro do partido, e será homologada nesta sexta-feira (7) pela Executiva Nacional da legenda.

A posse de Gleisi como ministra está marcada para segunda-feira (10), e sua saída do comando do PT ocorre quatro meses antes do fim de seu mandato. Com isso, Humberto Costa permanecerá no cargo até julho, quando ocorrerão eleições diretas para renovar a direção do partido.

Disputa interna e sucessão definitiva

A escolha de Humberto Costa não encerra as disputas dentro do partido. O ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, é o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o PT de forma definitiva. No entanto, seu nome enfrenta resistência interna, especialmente por defender um partido mais moderado e pelo fim da polarização com o bolsonarismo.

Caso não haja consenso até julho, a divisão dentro da CNB poderá se aprofundar, tornando a eleição interna ainda mais acirrada.

Além da disputa pela presidência, há um embate pela Secretaria de Finanças do PT. Edinho Silva pretende substituir a atual tesoureira Gleide Andrade, aliada de Gleisi Hoffmann, o que tem gerado atritos nos bastidores. Para garantir a continuidade de Gleide e outros dirigentes, o partido alterou seu estatuto no último dia 17, flexibilizando a regra que limitava a três mandatos consecutivos para dirigentes e parlamentares petistas.

Cotados e articulações nos bastidores

Outro nome cogitado para a presidência interina foi o do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), mas a CNB optou por Humberto Costa. Guimarães, que era o mais cotado para assumir a Secretaria de Relações Institucionais, ficou fora da escolha, e o cargo acabou nas mãos de Gleisi, o que gerou insatisfação entre aliados do deputado.

A decisão de Lula de colocar Gleisi na SRI também resultou na troca de comando no Ministério da Saúde, que agora será liderado por Alexandre Padilha, substituindo Nísia Trindade.

Com a sucessão no PT e mudanças no governo, o partido vive um momento de reestruturação interna, enquanto Lula tenta equilibrar forças dentro da legenda e manter a governabilidade no Congresso.

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