Incêndios no Pantanal bate recorde no primeiro dia do inverno

Pantanal Atingido pelo Maior Incêndio da História do Bioma

Primeiro Dia de Inverno Marca Recorde de Queimadas

A seca prolongada e a ausência de chuvas fizeram com que os focos de incêndio no Pantanal aumentassem significativamente, levando a uma tragédia sem precedentes. Nesta quinta-feira, primeiro dia do inverno, foi confirmado que o bioma enfrenta o maior incêndio de sua história. Nos primeiros seis meses do ano, o número de queimadas subiu 8% em comparação a 2020, que até então era o pior ano registrado para o Pantanal. Aproximadamente 26% do bioma foi destruído pelo fogo, que consumiu 4,5 milhões de hectares em 21 municípios.

Dados Alarmantes

O levantamento do Programa BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revela que Mato Grosso é o estado mais afetado, com 7.880 focos de incêndio. Em seguida, estão Roraima com 4.627 e Mato Grosso do Sul com 2.992 focos. A região Centro-Oeste, onde se localiza o Pantanal, concentra um terço de todas as queimadas no Brasil no primeiro semestre deste ano. A situação é agravada por uma camada de ar seco que cobre grande parte do país, e as correntes de ar frio não conseguem avançar além da região Sul. De janeiro a junho, o Brasil registrou um total de 31.243 focos de incêndio.

Queimadas se Espalham pelo País

Além do Pantanal, a região Norte também enfrenta um alto número de queimadas, com 10.217 focos. No Sudeste, o estado de São Paulo lidera com 1.118 pontos de incêndio, representando metade das queimadas na região. A situação atual é preocupante, especialmente quando comparada ao ano passado, que foi marcado pelo fenômeno El Niño e teve metade das ocorrências de queimadas no mesmo período.

Previsão de Tempo Seco e Quente

Embora o inverno tenha oficialmente começado, as temperaturas continuam elevadas. Em São Paulo, as máximas devem permanecer em torno dos 30°C nos próximos 15 dias, segundo a Climatempo. A previsão é de tempo seco, com pouca formação de nuvens.

A meteorologista Desirée Brandt, sócia-executiva da Nottus, afirma que as principais quedas de temperatura ocorrerão de forma esporádica em julho e nos meses subsequentes. “No inverno, teremos temperaturas acima da média com alguns dias de friozinho”, explica Brandt.

A persistência das altas temperaturas e a seca prolongada exigem atenção redobrada das autoridades e da população para prevenir novos focos de incêndio e minimizar os danos ao bioma do Pantanal e outras regiões afetadas.

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