Morre Giorgio Armani, o mestre da elegância minimalista, aos 91 anos

O mundo da moda perdeu nesta quinta-feira (4) um de seus maiores ícones: Giorgio Armani, morto aos 91 anos. Considerado o rei do casual chique, o estilista italiano revolucionou a alfaiataria e construiu um império global, que marcou passarelas, telas de cinema e tapetes vermelhos.
Natural de Piacenza, no norte da Itália, Armani iniciou a carreira tardiamente para os padrões da indústria, mas deixou sua marca ao desconstruir o terno tradicional, tornando-o mais leve, confortável e moderno. Sua moda minimalista conquistou homens e mulheres e redefiniu o conceito de elegância.
O cinema foi um divisor de águas. Em 1980, Richard Gere, no filme Gigolô Americano, vestia ternos Armani e ajudava a projetar o estilista internacionalmente. A partir daí, foram mais de 250 produções cinematográficas, entre elas Os Intocáveis e Beleza Roubada. Nas décadas seguintes, ele se tornou presença obrigatória no tapete vermelho.
Fundador da Emporio Armani, capa da revista Time em 1982 e responsável por campanhas de impacto — que tiveram David Beckham, Cristiano Ronaldo e Rafael Nadal como garotos-propaganda —, Armani construiu um legado que atravessou gerações.
Reservado na vida pessoal, sem filhos, mas próximo da família, Armani sempre preservou sua privacidade. Era discreto, mas firme em opiniões polêmicas e rivalidades históricas, como a com Gianni Versace.
Seu estilo marcou a história da moda: sofisticado sem exageros, atemporal e profundamente elegante. Giorgio Armani deixa um legado que continuará inspirando o mundo muito além das passarelas.