VÍDEO: Nova onda de ataques no Líbano após explosões de pagers
Novo ciclo de violência no Líbano após explosões devastadoras
Nesta quarta-feira, 18, o Líbano enfrentou uma nova série de explosões, um dia depois de um ataque coordenado que resultou na morte de pelo menos 12 pessoas e feriu outras 2.700. O ataque envolveu a detonação de dispositivos usados pela milícia libanesa Hezbollah, aliada do grupo palestino Hamas na guerra contra Israel em Gaza.
As explosões atingiram um local de luto onde eram velados três membros do Hezbollah e uma criança, mortos no ataque anterior. De acordo com a Associated Press, o Ministério da Saúde libanês confirmou a morte de nove pessoas e cerca de 300 feridos, com os alvos desta vez sendo walkie-talkies. A agência de notícias estatal libanesa informou que três pessoas morreram na região do Beeka devido à detonação desses dispositivos. Relatos indicam aproximadamente 20 explosões ao redor da capital, Beirute, e outras 15 a 20 no sul do país.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, criticou o uso de equipamentos civis como armas em ataques indiscriminados. Ele afirmou que essa prática deveria ser universalmente condenada e aplicada pelos governos.
Paralelamente, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução exigindo a retirada das forças israelenses dos territórios palestinos ocupados, incluindo Gaza, Cisjordânia e Colinas de Golã, em um prazo de um ano. A resolução, aprovada com 124 votos a favor, 14 contra e 43 abstenções, foi celebrada com aplausos, mas não é vinculativa, ou seja, não tem caráter obrigatório.
O Hezbollah, apoiado e financiado pelo Irã, já havia responsabilizado Israel pelo ataque anterior e prometido retaliação, o que elevou os temores de um conflito total com as forças israelenses e intensificou as tensões no Oriente Médio devido à guerra em Gaza.
A coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, alertou para o risco de uma escalada extremamente preocupante e pediu a todas as partes envolvidas que evitem ações que possam desencadear um conflito mais amplo.
Após os eventos desta quarta-feira, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou o início de uma “nova fase” da guerra, com foco na linha de frente norte contra os combatentes do Hezbollah no Líbano. Ele elogiou os resultados das operações israelenses, mas não mencionou diretamente as explosões recentes.
Na terça-feira, após o ataque com pagers, o Hezbollah prometeu retaliação contra o governo israelense. Este aumento de hostilidades inclui ataques aéreos israelenses a alvos do Hezbollah e o lançamento de mísseis e drones pelo grupo libanês, que foram majoritariamente neutralizados pelo sistema de defesa Domo de Ferro de Israel. Essa escalada representa a maior violência entre os dois lados desde o início do conflito na Faixa de Gaza, em 7 de outubro do ano passado.