PGR exonera servidor suspeito de vazar informações sigilosas em inquérito

A Procuradoria-Geral da República (PGR) exonerou o servidor Felipe Alexandre Wagner, alvo de uma operação da Polícia Federal realizada na última sexta-feira (19), sob suspeita de vazar informações sigilosas de investigações. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União.
Felipe ocupava cargo comissionado e atuava na área responsável por processos contra desembargadores e governadores. A própria PGR solicitou as buscas, nas quais a PF apreendeu seu celular e computador.
As investigações apontam que ele teria acessado de forma indevida um inquérito e vazado informações ligadas a uma operação sob supervisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no Tocantins. Em interceptações telefônicas obtidas pela PF, o nome “Felipe” foi citado pelo prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), em referência a pareceres de investigações.
O caso foi mencionado na Operação Sisamnes, que apura suspeitas de corrupção, venda de decisões judiciais e vazamentos de informações sigilosas no STJ. Essa é a primeira vez que um auxiliar da PGR aparece diretamente envolvido nas apurações, que estão sob relatoria do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Procuradoria informou que não comentará o caso. Felipe e sua defesa não foram localizados.