Polícia Civil investiga esquema de “rachadinha” na Câmara Municipal de Ipojuca
A Polícia Civil de Pernambuco desencadeou, nesta terça-feira (5), a 55ª Operação de Repressão Qualificada de 2024, batizada de “Fetta”, para apurar um esquema de “rachadinha” — prática em que um funcionário devolve parte de seu salário ao superior — envolvendo a Câmara de Vereadores de Ipojuca, no litoral do estado.
A operação foi comandada pela Diretoria Integrada Especializada (DIRESP) e coordenada pelo delegado Breno Maia, titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª DECCOR), em conjunto com o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO). A ação faz parte de um esforço contínuo das autoridades pernambucanas para desmantelar esquemas de corrupção que afetam recursos públicos.
Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão domiciliar, todos expedidos pela Vara Criminal de Ipojuca. As buscas ocorreram nas cidades de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Recife e Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, além de Juazeiro, na Bahia. Mais de 150 policiais civis participaram da operação, entre delegados, agentes e escrivães, contando ainda com o apoio do Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE) e da Diretoria de Inteligência (DINTEL), que contribuiu com suporte técnico e logístico.
A investigação, em curso há quase dois anos, busca rastrear o fluxo financeiro dos recursos obtidos ilegalmente e identificar todos os envolvidos no esquema. Além da prática de “rachadinha”, a operação investiga crimes de peculato, em que agentes públicos se apropriam indevidamente de recursos, e lavagem de dinheiro, utilizado pelo grupo para ocultar a origem ilícita dos valores desviados, dificultando o trabalho de rastreamento pelos órgãos de fiscalização.
O esforço para expor o esquema representa mais um passo no combate à corrupção e reforça o compromisso do DRACCO e da Polícia Civil em proteger o patrimônio público e assegurar a aplicação da lei.