🔪 Viúva que esquartejou médico e jogou corpo em cacimba ganha prisão domiciliar no Grande Recife

A Justiça de Pernambuco determinou, nesta quarta-feira (30), a soltura de Jussara Rodrigues da Silva Paes, condenada a mais de 19 anos de prisão por matar, esquartejar e queimar o corpo do marido, o médico Denirson Paes, em um dos crimes mais brutais já registrados no estado.
O corpo foi encontrado em julho de 2018, dentro de uma cacimba na casa da família, em Aldeia, no município de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Denirson estava desaparecido há dias, e a polícia localizou seus restos mortais carbonizados em sacos.
📍 Crime chocou o estado
Jussara confessou o crime à polícia. A defesa afirmou que ela teria agido em legítima defesa, após anos de violência doméstica. No entanto, a investigação apontou que o homicídio teria sido motivado por uma traição descoberta por ela um dia antes do assassinato.
Na época, o filho mais velho do casal, Danilo Paes, também foi preso, mas acabou absolvido pelo júri popular por falta de provas.
🏠 Da cadeia para casa — e para a faculdade
A decisão que concedeu a prisão domiciliar foi assinada pela juíza Orleide Rosélia Nascimento Silva. A partir de agora, Jussara Paes passará a cumprir a pena em casa, usando tornozeleira eletrônica. Ela também foi autorizada a frequentar um curso de gastronomia em uma faculdade de Carpina, na Zona da Mata Norte.
Para manter o benefício, a viúva precisará seguir uma série de restrições:
- Não sair de casa nos fins de semana e feriados, salvo em dias de aula;
- Só sair para consultas médicas com atestado;
- Não ultrapassar o perímetro fixado pela Justiça;
- Não violar ou danificar a tornozeleira;
- Atender às fiscalizações dos agentes de monitoração.
⚖️ Condenação e indenização milionária
Em 2019, Jussara foi condenada a 19 anos, 3 meses e 6 dias de prisão por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e destruição de corpo.
O filho mais novo do casal, Daniel Paes, acionou a mãe na Justiça e ganhou uma indenização de mais de R$ 600 milpor danos morais e materiais.