đŸŽ„Â “Delegado atirou no meu filho por ciĂșmes”, diz mĂŁe de vĂ­tima em Noronha; veja os vĂ­deos da vĂ­tima e do momento da agressĂŁo

Fernando de Noronha: vĂ­tima diz que nĂŁo Ă© abusador

Imagens de cĂąmera de segurança mostram o delegado Luiz Alberto Braga iniciando confronto com Emmanuel Apory antes de atirar na perna do jovem, que teve fratura exposta. FamĂ­lia nega assĂ©dio e fala em crime motivado por ciĂșmes.

No Ășltimo domingo (4), uma festa no histĂłrico Forte dos RemĂ©dios, em Fernando de Noronha, terminou em violĂȘncia apĂłs o delegado Luiz Alberto Braga de Queiroz balear o morador da ilha Emmanuel Pedro Apory, de 26 anos. A vĂ­tima, que trabalha alugando guarda-sĂłis na praia, levou um tiro na perna e sofreu fratura exposta, sendo transferida para o Recife, onde passou por cirurgia no Hospital da Restauração.

A defesa do delegado alega que ele reagiu a um suposto assĂ©dio contra sua companheira. No entanto, imagens de segurança mostram que o policial, enquanto falava ao celular prĂłximo ao banheiro masculino, iniciou o confronto com Emmanuel. O jovem foi empurrado e encurralado por Braga. Ao reagir Ă  abordagem, foi baleado no canteiro onde estava acuado.

“Foi por ciĂșmes”, diz mĂŁe do ambulante

A mĂŁe de Emmanuel, Maria do Carmo, rebateu a versĂŁo da defesa e afirmou que o delegado agiu movido por ciĂșmes infundados:

“Ele conheceu a moça no sĂĄbado, numa academia. Ela pediu ajuda, disse que era nutricionista, e os dois conversaram. No domingo, quando chegou Ă  festa, viu que ela estava com o delegado e evitou atĂ© cumprimentĂĄ-la, justamente para nĂŁo causar ciĂșmes.”

Segundo ela, a mulher teria se envolvido com um amigo de Emmanuel em uma balada no sĂĄbado, e o delegado pode ter confundido as pessoas:

“Acho que o delegado pensou que tinha sido meu filho. Mas ele nem teve contato com ela no domingo.”

O que diz a Associação dos Delegados

Em nota, a Associação dos Delegados de PolĂ­cia de Pernambuco (Adeppe) saiu em defesa de Luiz Alberto Braga. Segundo a entidade, o delegado agiu em legĂ­tima defesa, apĂłs ser agredido:

“No momento do fato, o delegado identificou-se como policial ao agressor, recolhendo sua arma ao coldre logo em seguida — gesto que evidencia sua intenção de evitar qualquer confronto.”

A associação afirma ainda que o disparo foi Ășnico, com o objetivo de “neutralizar a ameaça com o menor dano possĂ­vel” e evitar que a arma fosse tomada.

O advogado da Adeppe declarou que nĂŁo comentarĂĄ a medida protetiva expedida contra o delegado em 2024, por violĂȘncia domĂ©stica, e que tramita sob segredo de Justiça.

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