De engasgo a homicídio: polícia prende mulher por morte de menino de 2 anos em Paulista
Versão inicial era de acidente com maçã, mas laudos e contradições levaram à prisão por lesão corporal seguida de morte
Um caso que inicialmente parecia ser um trágico acidente doméstico evoluiu para uma investigação de homicídio em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Symon Oliveira, de apenas 2 anos, morreu na última sexta-feira (13) após dar entrada em estado grave na UPA do município, supostamente engasgado com uma maçã. Três dias depois, nesta segunda-feira (16), a Polícia Civil prendeu uma mulher de 53 anos, acusada de envolvimento direto na morte da criança.
A mulher, que é mãe do padrasto da vítima e cuidava do menino, foi autuada em flagrante por lesão corporal seguida de morte. A prisão foi realizada por equipes da Força-Tarefa de Homicídios, que assumiram o caso após inconsistências nos relatos iniciais e novos elementos levantados pela perícia.
De acordo com nota oficial da Polícia Civil, o caso está sendo conduzido pela 7ª Delegacia de Polícia de Homicídios (7ª DPH). “O laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) foi anexado ao inquérito e é peça-chave na investigação”, diz o comunicado.
O que aconteceu
Segundo o boletim de ocorrência, Symon foi socorrido à UPA após apresentar um quadro de obstrução respiratória, com sangramento nas vias aéreas. O atestado de óbito apontou como causa da morte insuficiência respiratória e tromboembolismo pulmonar — condição em que uma artéria do pulmão é bloqueada por um coágulo sanguíneo, o que gerou dúvidas sobre a hipótese de engasgo.
Inicialmente tratada como “morte a esclarecer”, a ocorrência passou a ser tratada como possível homicídio diante dos indícios de violência e da gravidade das lesões constatadas.
A mulher presa será encaminhada para audiência de custódia. O caso segue sob investigação, com expectativa de novas diligências nos próximos dias.
