Avaliação positiva do STF despenca de 31% para 14%, diz pesquisa

A aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) sofreu uma queda significativa de 17 pontos percentuais desde o início do terceiro mandato do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com uma pesquisa do PoderData realizada de 25 a 27 de maio de 2024.

Em dezembro de 2022, logo após as eleições, a Suprema Corte era considerada “ótima” ou “boa” por 31% dos eleitores, a maior taxa desde que o PoderData começou a fazer essa pergunta em junho de 2021. No entanto, agora apenas 14% dos entrevistados compartilham essa opinião, representando a menor taxa desde o início da série histórica.

Por outro lado, a parcela da população que considera o trabalho do STF como “ruim” ou “péssimo” aumentou em 11 pontos percentuais, subindo de 31% para 42% em um ano. Este é um retorno ao nível registrado no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando era de 40%.

Atualmente, 33% da população avalia o desempenho da Corte como “regular”, enquanto 11% não souberam responder.

A avaliação do STF teve um breve período de melhora de setembro de 2022 a junho de 2023, possivelmente como reflexo da menor influência do ex-presidente Jair Bolsonaro na percepção pública. No entanto, sem a presença de Bolsonaro e com o apoio de Lula, o STF tem enfrentado uma série de questões delicadas, como aborto, responsabilidade da imprensa, o episódio do 8 de Janeiro e o porte de drogas, resultando em conflitos até com o Congresso, que aprovou no Senado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reduzir os poderes dos ministros.

A sequência de decisões monocráticas e o ativismo do STF, conforme indicam os dados acima, não têm sido bem recebidos pelos eleitores, resultando em críticas renovadas à Corte.

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