Polícia diz que Rodrigo Carvalheira tinha relação de amizade com vítimas

Nesta sexta-feiram, dia 31, novos detalhes emergiram sobre o caso envolvendo o empresário Rodrigo Carvalheira, de 34 anos, durante uma atualização fornecida pela Polícia Civil de Pernambuco. Carvalheira está sendo investigado por suspeita de estupro e estupro de vulnerável, com cinco vítimas até o momento.

A prisão preventiva de Carvalheira foi decretada pelo Judiciário em 11 de abril, após o que ele foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, região metropolitana do Recife. De acordo com a delegada adjunta da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Larissa Azedo, as vítimas mantinham relação de amizade com o acusado, e os crimes ocorreram entre os anos de 2005, 2006, 2009 e dois em 2019.

O modus operandi atribuído a Carvalheira envolveria aproveitar-se de momentos em que as vítimas estavam inconscientes, tornando-as vulneráveis, conforme explicou Azedo.

Segundo a delegado, em novembro de 2023, a primeira vítima relatou ter sido vítima de estupro de vulnerável, descrevendo dificuldades em compreender o ocorrido no momento, seja devido à sonolência ou falhas de memória, o que impossibilitou o consentimento. Outras vítimas relataram experiências semelhantes.

A polícia já ouviu Carvalheira em duas ocasiões, sendo que na primeira ele optou por permanecer em silêncio, e na segunda negou veementemente as acusações.

Dois dos casos investigados, ocorridos em 2005 e 2006, estão prescritos, o que significa que não podem mais ser punidos legalmente. No entanto, os cinco inquéritos foram encaminhados ao Ministério Público de Pernambuco, que indiciou Carvalheira por um crime de estupro e dois de estupro de vulnerável.

A delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Jéssica Ramos, ressaltou a possibilidade de haver mais vítimas e incentivou a denúncia de crimes contra mulheres, mesmo diante de possíveis discordâncias sociais.

Carvalheira foi liberado sob medidas cautelares em 17 de abril, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de se aproximar das vítimas. A polícia não emitiu um novo mandado de prisão, alegando que ele não representa perigo imediato às vítimas, embora ressalte que esse entendimento pode mudar com o surgimento de novas evidências.

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