Operação mira BK Bank e empresário de combustíveis em esquema ligado ao PCC

BK Bank e o empresário Flávio Silvério Siqueira, dono de uma rede de postos de combustíveis conhecido como Flavinho, são alvos da Operação Spare, deflagrada nesta quinta-feira (25) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo, com apoio da Polícia Militar e da Receita Federal. A investigação aponta ligação do esquema com a facção criminosa PCC.

🔎 Como funcionava o esquema

Segundo o MP-SP, Flavinho chefiava uma rede complexa de lavagem de dinheiro por meio de postos de combustíveis, motéis e casas de jogos de azar. As transações eram mascaradas em maquininhas de cartão ligadas a postos de gasolina. Somente em um dos estabelecimentos, foram rastreados R$ 859 mil que, após quebra de sigilo, foram diretamente vinculados ao BK Bank.

A fintech já havia sido alvo da megaoperação Carbono Oculto, em agosto, que investigou fraudes fiscais bilionárias no setor de combustíveis e uso de fundos de investimento controlados pelo PCC.

📍 Onde houve mandados

Mandados de busca foram cumpridos em São Paulo, Santo André, Campos do Jordão, Osasco, Barueri, Ribeirão Preto, Paulínia, Campinas e Bertioga. Na capital, a ação atingiu endereços nos bairros de Pinheiros, Vila Mariana, Vila Olímpia, Cerqueira César, além da Paulista e Rua Augusta.

📊 O que já foi descoberto

  • R$ 7,6 bilhões em impostos podem ter sido sonegados.
  • 11 motéis foram identificados como parte do esquema.
  • 40 fundos de investimento, com patrimônio de R$ 30 bilhões, operavam para ocultar recursos ligados ao PCC.
  • Em fases anteriores, já houve bloqueio de bens e valores de R$ 1 bilhão.

O UOL busca a defesa de Flávio Siqueira e do BK Bank. Quando foi alvo da operação anterior, a fintech afirmou ser “autorizada, regulada e fiscalizada pelo Banco Central, conduzindo suas atividades com transparência”.

📌 DESTAQUES – OPERAÇÃO SPARE

  • 🎯 ALVOS PRINCIPAIS: BK Bank e o empresário Flávio Silvério Siqueira (Flavinho), dono de rede de postos.
  • 🚔 EXECUÇÃO: Gaeco/MP-SP com apoio da Polícia Militar e Receita Federal.
  • 💸 ESQUEMA: lavagem de dinheiro do PCC via combustíveis adulterados, motéis e jogos de azar.
  • 💳 R$ 859 MIL movimentados em maquininhas de cartão de postos diretamente para o BK Bank.
  • 🏢 ONDE: mandados em São Paulo (Pinheiros, Vila Mariana, Vila Olímpia, Cerqueira César, Paulista e Rua Augusta) e nas cidades de Santo André, Campos do Jordão, Osasco, Barueri, Ribeirão Preto, Paulínia, Campinas e Bertioga.
  • 📊 VALORES: sonegação estimada em R$ 7,6 bilhões; fundos ligados ao PCC com patrimônio de R$ 30 bilhões.
  • 🏨 11 motéis usados para ocultar recursos ilícitos.
  • 🔗 LIGAÇÃO: desdobramento da megaoperação Carbono Oculto (agosto/2025).

📆 LINHA DO TEMPO – OPERAÇÃO SPARE E CONEXÕES

  • 28/08/2025 – Deflagrada a megaoperação Carbono Oculto, que revelou esquema bilionário de adulteração de combustíveis, fundos controlados pelo PCC e uso de fintechs para lavagem de dinheiro.
  • Agosto/2025 – BK Bank aparece pela primeira vez como alvo; defesa alega que instituição é “regulada e fiscalizada pelo Banco Central”.
  • Setembro/2025 – Gaeco identifica ligação direta entre maquininhas de postos, casas de jogos e contas no BK Bank; valor de R$ 859 mil é rastreado.
  • 25/09/2025 – Lançada a Operação Spare, cumprindo mandados em São Paulo e interior, mirando Flávio Siqueira, BK Bank e estabelecimentos ligados ao PCC.
  • Próximos passos – MP-SP e Receita devem ampliar investigações sobre fundos de investimento (R$ 30 bi) e possível infiltração do PCC no mercado financeiro.

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