Fenol para peeling não pode ser vendido na internet, diz ANVISA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está tomando medidas para remover anúncios irregulares de venda de fenol na internet. A ação ocorre após a morte de um jovem de 27 anos, na segunda-feira (3), devido à aplicação de um peeling com o produto em uma clínica na zona sul de São Paulo. A influencer Natalia Becker, responsável pelo procedimento, alegou que o fenol utilizado está disponível em grandes sites de comércio eletrônico.

Nesta quinta-feira (6), a reportagem apurou que o site Shopee retirou os links de comercialização do fenol, enquanto o Mercado Livre ainda oferecia o produto em sua plataforma.

Em nota ao Metrópoles, a Anvisa declarou que “o fenol é um produto sujeito à vigilância sanitária e seu uso para fins estéticos (peeling) é restrito a profissionais. Portanto, o produto não pode ser comercializado pela internet”.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) também se manifestou, exigindo um reforço na fiscalização da venda de medicamentos, equipamentos e insumos médicos. O CFM destacou que esses itens têm sido vendidos indiscriminadamente, permitindo que pessoas não qualificadas realizem e anunciem serviços inadequados.

A Anvisa informou ainda que está colaborando com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em um projeto para monitorar anúncios de produtos irregulares vendidos online.

A responsabilidade da Anvisa inclui a regulamentação de produtos para uso em saúde, cosméticos e medicamentos utilizados em procedimentos. No entanto, apesar de existirem quatro medicamentos registrados que contêm fenol, nenhum deles é destinado a uso estético e, portanto, não podem ser usados por esteticistas.

A fiscalização de estabelecimentos, como clínicas de estética, é realizada pelas vigilâncias sanitárias locais.

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